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quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Manual de apoio à formação sobre Crianças e Jovens com Diabetes Mellitus tipo 1

A Direção-Geral da Saúde apresentou, na Sala Polivalente do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira, em Évora, o Manual de apoio à formação sobre Crianças e Jovens com Diabetes Mellitus  tipo 1, uma valiosa ferramenta para todos os profissionais da saúde escolar e educação.


A criação deste manual reúne respostas a questões e dúvidas, fundamentais para trazer tranquilidade à comunidade escolar, às famílias e às crianças e jovens.

Deve garantir-se a saúde, inclusão e equidade das Crianças e Jovens com DM1, bem como a promoção da literacia de toda a comunidade escolar em relação a esta doença.

Poderá ter acesso a este documento aqui e a outros documentos relacionados aqui.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Mochilas escolares- O saber não deve pesar


A altura da escola coloca sempre dúvidas sobre se o peso transportado nas mochilas pelos alunos não será excessivo. Na maioria das vezes é um peso excessivo e existem algumas medidas que se podem adoptar para diminuir esse peso.


O peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso do corpo. Mochilas demasiado pesadas podem levar a lesões graves que alteram o comportamento do corpo.

Para sensibilizar para essa questão e de forma a fornecer alternativas, na área do cidadão do Portal SNS poderá consultar o livro digital "O saber não deve pesar".

Poderá ter acesso à biblioteca de literacia em saúde da área do cidadão do Portal SNS aqui e ao livro digital aqui.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Refeições escolares

A escola do seu filho é amiga da boa alimentação?
A alimentação é um dos principais determinantes da saúde das populações. É também um condicionante do desenvolvimento cognitivo e do rendimento escolar das crianças.
Com o ano lectivo a iniciar, é tempo de reforçar a importância da participação dos pais na educação alimentar dos seus filhos e na criação de um bom ambiente alimentar na escola e em casa, num momento importante de formação.
Não duvidamos que os pais queiram o melhor para os seus filhos. É evidente que sim. No entanto, e em termos alimentares, muitas vezes aquilo que os pais pensam que é o melhor acaba por se revelar prejudicial. Prejudicial para a saúde dos seus filhos, mais caro, e oposto aos princípios de alimentação saudável transmitidos pela escola.
O Ministério da Saúde tem colaborado com o Ministério da Educação em termos da educação para a saúde, designadamente na área da educação alimentar e na definição das políticas da oferta alimentar em meio escolar.
Neste momento, existem diretrizes da Direção-Geral da Educação que regulamentam a oferta alimentar em meio escolar, condicionando a disponibilidade de géneros alimentícios menos saudáveis no espaço escolar (bufete e refeitório).
Contudo, os encarregados de educação continuam a ser decisivos:
  • Pelo exemplo que dão em casa. As crianças copiam os adultos e seus hábitos, particularmente à mesa;
  • Pela orientação que podem dar para que as crianças consumam no interior das escolas, onde a oferta alimentar é mais controlada nutricionalmente;
  • Pela monitorização da oferta alimentar das escolas, passando pela seleção de lanches e merendas saudáveis que enviam para as refeições intercalares dos seus filhos.

Para que os pais possam melhor monitorizar a oferta alimentar existente nas escolas, a Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), sugere 13 pontos de verificação, que poderá consultar no blog do PNPAS, para ajudar os pais a identificar as escolas mais amigas da alimentação.

Para saber mais, consulte:

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Orientações sobre ementas e refeitórios escolares 2018

O Ministério da Educação acaba de publicar um importante documento com orientações sobre ementas e refeitórios escolares. Este importante trabalho da Direção-Geral da Educação, com o apoio do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde, permitirá uma nova e melhorada abordagem à alimentação nas escolas já com a presença de refeições vegetarianas e também de refeições tendo por base o padrão alimentar mediterrânico.
Um documento fundamental que promove uma alimentação nutricionalmente equilibrada, prioritária em todas as políticas escolares e de acordo com a EIPAS (Estratégia Integrada para a Alimentação Saudável).
Consulte o documento aqui.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Manual de Alimentação Vegetariana em Idade Escolar


A Direção-Geral da Saúde lança, pela primeira vez, uma manual dedicado à alimentação vegetariana em idade escolar, no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

Este manual pretende divulgar cuidados base essenciais a ter na adoção de um padrão alimentar vegetariano por parte de famílias onde existam crianças em idade escolar e seus riscos e vantagens. Sugere-se que seja possível produzir refeições vegetarianas muito diversificadas recorrendo a produtos vegetais nacionais, sazonais e de proximidade, muitos deles enquadrados na nossa tradição mediterrânica e promovendo a agricultura nacional e os seus produtos vegetais de qualidade. 

Poderá ter acesso ao manual aqui.

quinta-feira, 3 de março de 2016

10 Recomendações para festas de aniversário mais saudáveis

As festas de aniversário são um momento de diversão e convívio. No entanto, são muitas vezes momentos de excessos e de escolhas menos saudáveis. Em contexto escolar, as festas de aniversário acabam por ser um acontecimento quase semanal, contando com a presença assídua de doces, refrigerantes, bolos e outras opções menos saudáveis.


No entanto, é possível com pequenas alterações por parte dos pais, encarregados de educação e professores tornar as festas de aniversário num momento de escolhas saudáveis e diversão.

Para tal deixamos algumas sugestões para tornar as festas de aniversário mais saudáveis:

1. A comida e as bebidas não precisam de ser o centro das atenções.
A diversão com os amigos e/ou família são o mais importante.

2. Organize as festas para depois do almoço, não antes.
Para que os alimentos mais saudáveis não sejam substituídos por outros mais calóricos e pobres em nutrientes.

3. Comece por oferecer primeiro alimentos como saladas de fruta, diferentes pães de mistura, sumos naturais, iogurtes variados.
Depois coloque os mais calóricos como bolos ou salgadinhos.

4. Escolha um bolo de aniversário simples, se possível com fruta, evite o excesso de cremes ou chantilly.

5. Invista em formatos inesperados para oferecer alimentos saudáveis.
Espetadas de frutas, salada de frutas, pão variado, amêndoas, nozes, batidos com iogurte, frutos secos, gelatinas com fruta.

6. Para beber, opte por água, infusões sem açúcar, limonadas ou sumos de fruta naturais diluídos.
Não ofereça refrigerantes.

7. Opte apenas por uma sobremesa doce, o bolo de aniversário, reduzindo a oferta de gomas, chocolates, salgados, batatas fritas.

8. Substitua os tradicionais saquinhos de doces por outros brindes, como lápis, livros para colorir ou outros brinquedos.

9. Inclua atividades que promovam o exercício físico e se possível ao ar livre como parte da festa.
Reduza as atividades de ecrã durante a festa.

10. Seja um exemplo de hábitos alimentares saudáveis.
As crianças são muito atentas e normalmente imitam adultos, mesmo durante as festas.

Nota: Fotografia do topo da notícia obtida a partir do banco de imagens grátis MorgueFile.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Nutri-mestres

O projeto Nutri-Mestres, desenvolvido em parceria com a Direção-Geral de Saúde e a Direção-Geral de Educação, destina-se a todos os profissionais de educação e saúde que lidam com crianças (professores, nutricionistas, enfermeiros, médicos, etc.).

O objetivo é disponibilizar gratuitamente um vasto conjunto de materiais educativos relacionados com o tema da alimentação saudável, tendo por base a história e as personagens Nutri Ventures.

O projeto será divulgado no próximo dia 16/10/2013 em Lisboa, mas poderá já ter acesso a alguns conteúdos em www.nutri-ventures.com. Também já poderão assistir a vários episódios deste projeto em exibição na RTP 2 e no Canal Panda.

Este é um projeto em implementação em 23 países e que conta com o apoio de Michelle Obama.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PASSE – Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar

A Direcção-Geral da Saúde considerou, em 2012, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável como um dos seus programas prioritários. Sabemos que os hábitos alimentares pouco saudáveis e a inatividade física, estão entre as principais causas para o aparecimento de doenças como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2 e certos tipos de cancro. A obesidade é um problema de saúde dos nossos dias, é um problema dos adultos, jovens, crianças, é um problema de ambos os sexos. Para evitar esta doença a Organização Mundial de Saúde recomenda: adquirir um peso adequado à estatura e fazer a manutenção do mesmo através do equilíbrio energético entre o que é gasto e o que é consumido; limitar o consumo de gordura total, preferindo sempre gorduras insaturadas, eliminando o consumo de ácidos gordos trans (presentes, por exemplo, nos alimentos industrializados, sorvetes ou frituras), cujas gorduras se comportam de forma negativa no metabolismo, aumentando o nível da lipoproteína de baixa densidade no sangue (LDL ou “ mau colesterol”), o que faz aumentar o risco de doenças cardíacas; aumentar o consumo de frutos, hortícolas, cereais e leguminosas; limitar o consumo de açúcares simples; limitar o consumo total de sal (sódio), assegurando que o sal consumido seja iodado.

Relativamente à atividade física, recomenda-se um mínimo de 30 minutos diários para a redução do risco de doença cardiovascular, diabetes, cancro do cólon e da mama. Se o objectivo for o controlo ou a redução de peso, pode ser necessário aumentar o tempo diário dedicado à prática de actividade física. A Administração Regional de Saúde do Norte operacionalizou o Programa PASSE- Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar, que no Agrupamento dos Centros de Saude de Barcelos/Esposende está a ser desenvolvido em escolas do pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico desde 2010. Este programa tem como objectivo principal promover comportamentos alimentares saudáveis e contribuir para que exista um ambiente promotor da Saúde, em especial no que se refere à alimentação em meio escolar. Pretende-se que os alunos adquiram competências pessoais de auto-conceito e auto-estima, tomada de decisão, e desenvolvam atitudes tendentes a escolhas responsáveis. No ano lectivo anterior este programa foi operacionalizado no nosso Agrupamento de Centros de Saúde, em 103 Escolas, abrangeu 10668 alunos (70%) e 764 profissionais de educação (70%). Comparativamente com o ano anterior, foram abrangidos mais 1800 alunos e 285 profissionais de educação. Esperemos não só aumentar a adesão a este programa nas comunidades educativas como também sensibilizar todos os cidadãos para este problema.

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Educação rodoviária - material de apoio às escolas

Sobre a temática da Educação Rodoviária, foram elaborados no âmbito das competências da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) materiais de apoio ao desenvolvimento da atividade educativa nas escolas.
Relativamente a cada tema, os materiais incluem um caderno pedagógico com propostas de atividades para professores e uma/duas apresentações em powerpoint.
  • Peão: Caderno Pedagógico I e Powerpoint "Na rua, sou um peão seguro e cumpro as regras de segurança".
  • Passageiro: Caderno Pedagógico II e 2 Powerpoint "No automóvel, sou um passageiro seguro" e "Nos transportes públicos, sou um passageiro seguro e cumpro as regras de segurança".
  • Condutor: Caderno Pedagógico III e Powerpoint "Conduzo a bicicleta em segurança!".
Alguns dos materiais referidos estão disponíveis no seguinte endereço: http://www.ansr.pt/Campanhas/Pages/default.aspx

A segurança rodoviária de crianças é, de facto, um assunto que nos preocupa e que merece da nossa parte especial atenção. Até porque, apesar dos dados estatísticos demonstrarem que o número de crianças mortas em consequência de acidente rodoviário diminuiu significativamente, no triénio 2007-2009, morreram em média por ano, pelo menos 38 crianças até aos 17 anos, 359 sofreram ferimentos graves e 4630 ferimentos ligeiros.

Quer isto dizer que, todos os dias em Portugal, em média, 14 crianças são vítimas de um acidente rodoviário: 8 enquanto passageiras, 4 peões e 2 condutoras.
Pense nisso!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

As dores de costas também são coisa de criança

O ano escolar já começou e, com ele, também o risco dos estudantes padecerem de doenças das costas, devido, entre outros factores, ao transporte de um peso excessivo em sacos e mochilas, a hábitos de postura incorrectos ou ao sedentarismo.

Aqui ficam alguns conselhos que podem contribuir para diminuir o risco de lesões nas costas nas crianças:

A mochila

  • O tamanho da mochila não deve ser superior ao do tronco da criança;
  • A carga deve estar repartida equitativamente entre os 2 ombros, e permitir à criança andar erguida, sem ter necessidade de se apoiar ou de se balançar;
  • As alças devem ser largas e acolchoadas, devendo, quando a mochila estiver colocada nas costas da criança, possuir um espaço livre de 4 cm na zona dos ombros, sem roçar no pescoço;
  • Deverá possuir cinto acolchoado ao nível do abdómen ou do peito, para ajudar a distribuir o peso entre vários grupos musculares do corpo;
  • A mochila deve estar junto ao corpo e relativamente baixa (na zona lombar ou entre os quadris, mesmo por cima das nádegas);
  • Os objectos pesados devem ficar mais próximos do corpo;
  • As costas da mochila devem ser rígidas e acolchoadas, adaptáveis ao corpo;
  • A mochila deve possuir bandas reflectoras para aumentar a visibilidade das crianças ao andar na estrada;
  • Deve possuir pega acolchoada com, no mínimo, 8 centímetros, para transporte da mochila na mão.
A mochila com rodas

  • A altura da pega deve ser ajustada para que o arrasto seja cómodo e ergonómico;
  • A pega deve ser extensível, para que a criança não tenha de se curvar para deslocar e pegar na mochila;
  • As rodas facilitam o seu arrasto, evitando que a criança levante peso.
O peso

  • Um dos factores que potencia a existência de um risco físico no transporte de uma mochila por uma criança é o tempo que esta carrega esse peso;
  • É importante que a criança não carregue mais do que 10% do seu peso (por exemplo, uma criança com 30 kg., não deve transportar mais de 3 kg.);
  • Os pais devem pesar regularmente a mochila e verificar, com os seus filhos, se não há objectos esnecessários para as aulas;
  • Os pais devem ensinar as crianças a arrumar a mochila, de forma mais conveniente;
  • Os pais devem explicar às crianças que devem poisar a mochila sempre que haja oportunidade (por exemplo nos transportes públicos ou quando estão à espera das aulas).
Como levantar a mochila

  • Dobrar os joelhos e fazer força com as pernas enquanto levanta uma carga pesada;
  • Manter sempre a coluna direita, evitando curva-la.
As crianças devem ser incentivadas à prática de exercício físico. O exercício físico, além de contribuir para o desenvolvimento harmonioso dos mais pequenos, previne eventuais efeitos negativos da má utilização das mochilas.

Para dúvidas, sugestões ou comentários, não hesite em utilizar o endereço de correio electrónico usp@csbarcelinhos.min-saude.pt.

Nota: Elaborado por Paulo Martins, Técnico de Saúde Ambiental da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PASSE – Programa Alimentação Saudável em Meio Escolar

A obesidade é um problema de saúde dos nossos dias, é um problema dos adultos, jovens, crianças, é um problema de ambos os sexos. Problema esse que obrigou á existência de um Programa Nacional de Combate à Obesidade, aprovado em Janeiro 2005.E porquê?

Porque começando com excesso de peso e continuando a comer mais do que se gasta, avançamos para a Obesidade, o que origina desequilíbrios no nosso organismo, que poderão terminar em tensão arterial elevada, diabetes, doenças cardiovasculares, depressões, etc.

O PASSE é um programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar, de âmbito regional, que pretende operacionalizar projectos relativos à alimentação saudável. Este programa tem como objectivo principal promover comportamentos alimentares saudáveis e contribuir para que exista um ambiente promotor da Saúde, em especial no que se refere à alimentação em meio escolar. Pretende-se que os alunos adquiram competências pessoais de auto-conceito e auto-estima, tomada de decisão, e desenvolvam atitudes e crenças tendentes a escolhas responsáveis e conscientes.

A Gestão deste programa é do Departamento de Saúde Pública da ARS Norte, I.P, o qual realiza formação às equipas PASSE locais que se formam sempre que há escolas interessadas. São estas equipas PASSE locais que, em conjunto com os Agrupamentos de Escolas, desenvolvem e implementam o Programa.

O PASSE abrange toda a comunidade educativa, ou seja profissionais de educação, profissionais auxiliares de acção educativa, alunos, pais, manipuladores de alimentos e outros profissionais da Escola. O Passe é divertido para os alunos, pois contempla jogos que os faz interagir e reflectir sobre as decisões e suas implicações. O serviço da alimentação escolar é também um dos alvos do PASSE, contribuindo para que a oferta alimentar esteja de acordo com as recomendações nutricionais. Também os amigos, a família e as estruturas à volta da Escola contribuem para a criação de ambientes promotores de saúde, através das missões que são necessárias para se passar de nível. Se, todos juntos, quisermos passar a ideia de que comer bem dá prazer e saúde, todos os parceiros são necessários, desde as autarquias, comércio, empresas de transporte, clubes, juntas de freguesia, IPSS’s, ONG, associações e outros. O PASSE também se dirige a estes parceiros comunitários.

Este programa tem várias dimensões: Curricular – Trabalha os alunos e professores do 1º ciclo, aplicando os objectivos do programa no curriculum geral dos 4º anos do 1º ciclo do Ensino Básico; Organizacional – Há adequação/implementação das políticas alimentares recomendadas pela Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular; Comunitária Trabalha o envolvimento das estruturas da comunidade peri-escolar ou parceiros preferenciais da Escola; Ecológica – Trabalha os espaços e estruturas adequadas á promoção de uma alimentação saudável como: decoração dos espaços, disposição dos alimentos saudáveis nos bufetes, etc.

O serviço de Saúde Escolar do ACES Cávado III – Barcelos/ Esposende, na área de influência do Centro Saúde Barcelos/Barcelinhos, iniciou actividades para a implementação do programa em algumas escolas, tais como: formação PASSE na ARS Norte, I.P aos profissionais de saúde da equipa local; reuniões com docentes para definição de estratégias. Neste ano lectivo estão a decorrer actividades inseridas no PASSE dimensão Ecológica nos Agrupamentos de Escolas de Manhente, Fragoso, Cávado Sul, e Abel Varzim e a Escola Secundária de Barcelinhos.

Esperamos nos próximos anos lectivos alargar este programa a todas as escolas dos Agrupamentos do nosso concelho, contribuindo assim para que os comportamentos desejáveis em termos de Alimentação Saudável sejam adquiridos, não só pelos alunos mas por todos nós.

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado a 19/05/2010 no Jornal de Barcelos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Saúde Escolar 2

No meu último artigo, falei da importância da implementação de um programa de saúde escolar, localizado no ambiente escolar.

No entanto para que uma escola seja considerada abrangida pelo Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE), tem de trabalhar as 4 áreas prioritárias já referidas no artigo anterior: 1- Saúde individual e colectiva; 2- Inclusão escolar; 3- Ambiente escolar; 4- Estilos de vida. Neste artigo iremos abordar as duas primeiras.

Saúde individual e colectiva:

Ao longo do ciclo de vida, a vigilância da saúde das crianças e dos jovens é da responsabilidade do médico de família. A estes profissionais compete realizar o Exame Global de Saúde (EGS), nas idades-chave, (5-6 anos e 11-13 anos) que consiste na realização do exame físico, avaliação do desenvolvimento estato-ponderal e psicomotor, da visão, da audição, da boca e dentes, da postura e da linguagem, completado aos 13 anos pela avaliação do estado pubertário. Esta informação é depois enviada à equipa de saúde escolar através de ficha (ficha de ligação).

À equipa de saúde escolar compete:

1. Monitorizar este EGS e gerir a ficha de ligação

2. Avaliar o cumprimento do Plano Nacional de Vacinação de toda a comunidade educativa, nomeadamente alunos que completem 6 e 13 anos, professores, educadores e auxiliares de acção educativa

3. Promover o cumprimento da legislação de Evicção Escolar

4. Promover a Saúde Mental na escola através, da implementação de projectos que visam, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais dos alunos, a criação de um clima de escola amigável, o combate ao abandono e à exclusão escolar, a identificação e subsequente orientação das crianças com risco de doença mental ou de distúrbios comportamentais e a promoção da equidade entre alunos (sexo, etnia, religião, classe socio-económica)

Inclusão Escolar

Do ponto de vista educativo, Escola Para Todos ou Escola Inclusiva é aquela onde todos os alunos devem aprender juntos, independentemente das deficiências, dificuldades, diferenças ou necessidades específicas que apresentem. A diversidade na escola deve ser encarada como um factor de enriquecimento e de desenvolvimento.

Em Saúde escolar, consideram-se Necessidades de Saúde Especiais (NSE), as que resultam dos problemas de saúde física e mental que tenham impacto na funcionalidade, produzam limitações acentuadas em qualquer órgão ou sistema, impliquem irregularidade na frequência escolar e possam comprometer o processo de aprendizagem.

A Equipa de Saúde Escolar é a interface entre a escola e os serviços de saúde e compete-lhe detectar e orientar adequadamente uma criança ou jovem com problemas de saúde física ou mentais passíveis de afectar as suas aprendizagens e apoiar a sua inclusão escolar O profissional da equipa de saúde escolar reúne e analisa toda a informação de saúde do aluno, quer ela provenha dos pais, professores, médico assistente ou de outros. Ao mesmo tempo, face às NSE do aluno, propõe as recomendações de saúde e as adaptações escolares, tendo em conta a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, na qual a funcionalidade de um indivíduo, num domínio específico, é uma interacção ou relação complexa entre a condição de saúde e os factores contextuais.

Porque o futuro aos jovens pertence, para eles, a Equipa de Saúde Escolar trabalha, para um futuro saudável e promissor.

Nota: Elaborado por Maria da Paz Amorim Luís, Médica de Saúde Pública da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Saúde Oral nas Escolas

As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, são um grave problema de saúde pública, pois afectam grande parte da população, influenciam os níveis de saúde e bem-estar e são vulneráveis a estratégias de intervenção dos serviços de saúde.
O Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNPSO) assenta na promoção da saúde, na prevenção e tratamento das doenças orais. A intervenção na promoção da saúde oral, que se inicia durante a gravidez e se desenvolve ao longo da infância em saúde infantil e juvenil, é consolidada no jardim-de-infância e na escola, através da Saúde Escolar.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para 2020 metas para a Saúde Oral que exigem o reforço de acções de promoção da saúde e prevenção das doenças orais, o que vai exigir um maior envolvimento dos profissionais da saúde e educação, tanto públicos como privados.

Este programa baseia-se no Despacho Ministerial nº 153/2005 (2ª série) de 5 de Janeiro e em várias circulares normativas. Tem como objectivos: sensibilizar os profissionais de educação para a escovagem em sala de aula e aplicação dos bochechos com fluoreto de sódio a 2‰; incentivar uma alimentação com poucos açúcares; proteger e tratar dentes temporários e definitivos. A aplicação dos bochechos de flúor nas escolas do 1º ciclo do ensino básico justifica -se no nosso País, pois a água da rede pública contem menos de 0,3 ppm-mg/l de fluoretos e segundo as orientações da OMS a concentração óptima de fluoretos na água, quando esta está sujeita a fluoretação, deve estar compreendida entre 0,5 e 1,5 ppm de fluoretos.

Pela Circular Normativa nº 02/DSPPS/DCVAE de 09/01/2009 este programa é alargado através da emissão dos “cheques dentista” para todas as crianças e jovens que frequentam escolas públicas e instituições de solidariedade social (IPSS). Pela normalização destes procedimentos passou a ser assegurada a prestação equitativa de cuidados curativos de saúde oral. A emissão destes “cheques-dentista” teve início no ano lectivo 2008/2009 e abrangeu todas as crianças nascidas nos anos de 2001-1998-1995, sendo aqui de realçar o papel da Escola para o êxito deste Programa.

O PNPSO iniciou-se no ano de 1985, e, em 1986/1987, foi feito, pela Direcção Geral Saúde, um “Diagnostico de Situação de Saúde Oral“ no qual se verificou que as crianças livres de cárie (ausência de dentes cariados na dentição temporária e permanente,) eram de 10%. Com o trabalho das equipas de saúde escolar em colaboração com os profissionais de educação, verificou-se que no ano 1999/2000 este valor passou para 33% e em 2005/2006 para 51%. A Organização Mundial de Saúde definiu, para este indicador e para o ano 2020, a meta, de pelo menos, 80% de crianças com 6 anos livres de cárie. Sabemos que as mudanças de comportamento são muito difíceis e lentas, dependendo de muitos factores, sociais, familiares, culturais, e outros. Sendo assim só através da participação de todas as partes intervenientes (pais, educadores, profissionais de saúde e outros) e do desenvolvimento de metodologias de intervenção eficazes, seremos capazes de atingir essa meta, diminuindo assim o problema da cárie dentária e contribuindo também para o sucesso escolar dos alunos.

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado a 10/02/2010 no "Jornal de Barcelos".

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A saúde Escolar

A Saúde Escolar existe em Portugal desde o século XX e teve várias reformas políticas, sendo a mais recente em 2001, altura em que a responsabilidade do programa passa do Ministério da Educação para o Ministério da Saúde. O Programa de Saúde Escolar faz parte integrante do Sistema Nacional de Saúde para a promoção e educação para a saúde. A importância de ter um programa de saúde localizado no ambiente escolar reside no facto de que a escola tem potencial para ser um ambiente de excelência para a promoção da saúde tendo uma influência decisiva nos comportamentos das crianças e dos jovens assim como no seu desenvolvimento académico e emocional e por isso compete à saúde escolar zelar pela saúde física e mental da sua comunidade. O principal objectivo da Saúde Escolar é promover o desenvolvimento de competências na comunidade educativa que lhe permita melhorar o seu nível de bem-estar físico, mental e social e contribuir para a qualidade de vida. Por comunidade educativa entende-se os educadores de infância, os professores, os auxiliares de acção educativa, os alunos, os pais e encarregados de educação e outros profissionais da escola.

A saúde escolar tem como finalidades: promover e proteger a saúde e prevenir a doença na comunidade educativa; apoiar a inclusão escolar de crianças com Necessidades de Saúde Especiais (NSE) e Educativas Especiais (NEE); promover um ambiente escolar seguro e saudável; reforçar os factores de protecção relacionados com os estilos de vida saudáveis e contribuir para o desenvolvimento dos princípios das escolas promotoras da saúde. O Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) aplica-se nos estabelecimentos de educação e ensino do Ministério da Educação, nas Instituições Particulares de Solidariedade Social, bem como em estabelecimentos cuja população seja considerada mais vulnerável ou de risco acrescido e, sempre que os recursos humanos o permitam, nos estabelecimentos de ensino cooperativo e/ou particular. O programa consiste numa intervenção global que implica combinar estratégias de mudança pessoais e ambientais que atinjam o maior número possível de indivíduos, numa perspectiva de equidade.

São 4 as áreas prioritárias do programa de saúde escolar: a saúde individual e colectiva; a inclusão escolar; o ambiente escolar e os estilos de vida.

A nível nacional, o PNSE é coordenado pela Direcção-Geral da Saúde que se articula com o Ministério da Educação, e a nível regional a coordenação é feita através da Administração Regional de Saúde (ARS) e/ou o Departamento de Saúde Pública. No Agrupamento de Centos de Saúde (ACES) Cávado III, Barcelos/Esposende a responsabilidade do PNSE é da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica.

A equipa nuclear de Saúde Escolar deverá ser composta por um médico e enfermeiro com base em 24h/semanais por cada 2500 alunos. Os outros profissionais do ACES (higienista oral, técnico de saúde ambiental, técnico de serviço social, psicólogo, psicopedagogo, terapeuta da fala e terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, nutricionista, administrativo ou outro) também devem integrar a equipa conforme as disponibilidades e a existência destas especialidades no ACES.

Ao longo dos anos, a Saúde Escolar ganhou importância politica e social nomeadamente com a evicção de certas doenças (graças à vacinação e à higiene), o direito à educação igual para todos (o reconhecimento das NEE e NSE), a noção de segurança na escola e a aquisição/promoção de hábitos saudáveis (prevenção da obesidade e de comportamentos de risco). Mas ainda existe um longo caminho a percorrer com patologias emergentes ou a crescerem (obesidade, tabagismo, alcoolismo, o HIV/SIDA entre muitos) e problemas sociais (o bullying, a pobreza, o abandono escolar e a desigualdade de oportunidades, etc.). A Saúde Escolar é a imagem de um trabalho de equipa para o bem da comunidade.

“Um programa de saúde escolar efectivo (…) é o melhor investimento em termos de custo-benefício que um País pode fazer para melhorar, simultaneamente, a educação e a saúde”.
(Gro Harlem Brundtland, Directora-Geral da Organização Mundial da Saúde, Abril 2000)

Nota: Elaborado por Maria da Paz Amorim Luís, Médica de Saúde Pública da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado a 03/02/2010 no "Jornal de Barcelos".