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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cheque Dentista aos 15 anos – Não se esqueça, utilize-o!

Tendo já sido abordado o tema do cheque dentista, inserido no Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) da Direção Geral da Saúde, em artigos anteriores, achei que não seria demais voltar a lembrar a importância de usufruir da oportunidade oferecida pela Direcção Geral da Saúde, e de informar sobre o novo alargamento do programa do cheque dentista a crianças e jovens com 15 anos completos, que frequentam escolas públicas ou IPSS e que aos 13 anos de idade, utilizaram o cheque dentista.

Se o seu filho(a) recebeu aos 7, 10 e 13 anos o cheque dentista pela escola, agora vai ter a oportunidade de também receber um cheque dentista aos 15 anos. Sendo que este não será entregue pela escola, mas sim no seu Centro de Saúde ou Unidade de Saúde Familiar. Para isso, basta dirigir-se ao serviço administrativo e solicitar o referido cheque dentista.

Este alargamento traduz-se na emissão de 1 cheque dentista para cada jovem que entre 1 de janeiro e 31 de agosto, de cada ano civil, completaram os 15 anos no ano anterior.

Este pode ser utilizado em qualquer médico aderente ao programa dos cheques dentistas, entre 1 de janeiro e 31 de outubro do ano em que foi emitido.

Com mais esta iniciativa, o PNPSO pretende que, no final do ciclo de intervenção, os jovens de 15 anos completos tenham:

  • Todos os dentes permanentes com cárie tratados;
  • Os molares e pré-molares protegidos com selantes de fissuras;
  • Adquirido competências de forma a assegurar a manutenção de uma boca saudável.

Segundo a Direção Geral da Saúde o alargamento do PNPSO produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2014, para os jovens que completaram os 15 anos em 2013.



Nota: Elaborado por Fátima Pereira, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional da autoria de Dario Silva. Fotografia do topo da página obtida do banco de imagens grátis MorgueFile.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Sorriso bonito



Com uma boca saudável, pode ter um sorriso admirável, o que além de melhorar a sua auto-estima, também contribui para a sua Saúde. Se tivermos uma dor de dentes podemos ser tão incomodados a ponto de sermos impedidos de estudar e trabalhar, como ainda podemos ter problemas de saúde ao transmitir a infecção da boca para outros órgãos.
 
Na nossa boca existem muitos microrganismos, contudo para que estes não causem desequilíbrio no organismo, é necessário manter uma boa higiene oral. Quando comemos, os restos de comida que permanecem na boca tornam-se o alimento para estes microrganismos. Estes quando se alimentam dos restos, expelem um ácido que ataca os dentes. Apesar de o esmalte dos dentes ser uma substância bastante resistente, pode ser corroído, formando a cárie, que é uma doença. A cárie está relacionada com diversos factores tais como: quantidade e qualidade da saliva, forma e superfície dos dentes, ingestão de alimentos, higiene e até com uma maior produção de ácido produzido pelas bactérias que habitam na nossa boca, que não é igual de pessoa para pessoa. Embora os alimentos tenham diferentes substâncias, uns são mais cariogénicos que outros, tudo o que se come, pode levar a uma cárie se não houver uma higiene oral correcta. Ao escovar os dentes, um dos objectivos é o controle da placa bacteriana. Esta forma-se pelo acumular de restos dos alimentos que se fixam nos dentes, que não sendo devidamente escovados, se transformam numa massa mole e aderente, que não se consegue eliminar, nem por bochechos, jactos de ar, nem pela mastigação de alimentos duros. Com o tempo, esta placa bacteriana transforma-se em tártaro, que protege estes microrganismos, que vão expelindo cada vez mais ácido provocando uma queda de pH, o que cria condições ideais para as bactérias se multiplicarem. Quantas mais bactérias na boca mais ácido e, logo, mais cárie.
 
Além da higiene oral, em que se deve ter em conta: a utilização de uma escova com pêlos macios, um dentífrico com 1000 a 1500 ppm de flúor, o uso da técnica adequada, não esquecendo o escovar da língua e, com uma frequência de pelo menos duas vezes por dia. Também se deve usar o fio dental diariamente, para atingir os pontos onde a escova não chega.
 
A escovagem dos dentes deve ser iniciada logo após a erupção dos primeiros dentes. Visitas regulares ao dentista também não podem ser esquecidas.
 
Não se esqueça que um sorriso bonito é um cartão de visitas!

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional de Dario Silva, fotografia do topo do texto obtida apartir do banco de imagens grátis morgueFile.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO)

O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral baseia-se numa estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais, desenvolve-se ao longo do ciclo de vida e nos ambientes onde as crianças e jovens vivem e estudam. As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, são um importante problema de saúde pública, uma vez que afectam grande parte da população e influenciam os seus níveis de saúde, bem -estar e de qualidade de vida.
 
Este é um programa que através da emissão de cheques-dentista abrange: 
  • Grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde;
  • Idosos beneficiários do complemento solidário para idosos que sejam utentes do Serviço Nacional de Saúde;
  • Doentes infectados pelo VIH/SIDA, seguidos no Serviço Nacional de Saúde; 
  • Crianças e jovens com idade inferior a 16 anos que frequentam escolas públicas e IPSS.
 Este último grupo, e tendo em conta a cronologia da erupção dentária, estão abrangidas pelo cheque-dentista as crianças dos 7, 10 e 13 anos, com respectivamente 2, 2 e 3 cheques-dentistas, sendo o 1º emitido pela Unidade de Saúde Pública e entregue ao encarregado de educação pelos professores da escola que a criança frequenta.
 
As crianças com idade igual ou inferior a 6 anos, também podem ser abrangidas pelo cheque-dentista em situações de considerável gravidade ponderadas por critérios de dor e de grau de infecção, que sejam identificados pelo médico de família, emitindo este o cheque-dentista.
 
Relativamente aos restantes grupos que são abrangidos pelo programa o acesso às consultas de medicina dentária efectiva-se através de cheque-dentista, personalizado, emitido e entregue pelo Centro de Saúde onde o utente está inscrito, que regista os dados de identificação do utente.
 
Assim, o PNPSO (www.dgs.pt) visa assegurar a prestação equitativa de cuidados de saúde oral ao longo do ciclo de vida, com base em procedimentos simplificados e orientados para a satisfação das necessidades de saúde da população nas idades e grupos de maior vulnerabilidade, garantindo um melhor acesso aos serviços e o alargamento progressivo das populações abrangidas.
 
Para dúvidas, sugestões ou comentários, não hesite em utilizar o endereço de correio electrónico usp@csbarcelinhos.min-saude.pt.
 
Nota: Elaborado por Fátima Pereira, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.
 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Saúde Oral nas Escolas

As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, são um grave problema de saúde pública, pois afectam grande parte da população, influenciam os níveis de saúde e bem-estar e são vulneráveis a estratégias de intervenção dos serviços de saúde.
O Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNPSO) assenta na promoção da saúde, na prevenção e tratamento das doenças orais. A intervenção na promoção da saúde oral, que se inicia durante a gravidez e se desenvolve ao longo da infância em saúde infantil e juvenil, é consolidada no jardim-de-infância e na escola, através da Saúde Escolar.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para 2020 metas para a Saúde Oral que exigem o reforço de acções de promoção da saúde e prevenção das doenças orais, o que vai exigir um maior envolvimento dos profissionais da saúde e educação, tanto públicos como privados.

Este programa baseia-se no Despacho Ministerial nº 153/2005 (2ª série) de 5 de Janeiro e em várias circulares normativas. Tem como objectivos: sensibilizar os profissionais de educação para a escovagem em sala de aula e aplicação dos bochechos com fluoreto de sódio a 2‰; incentivar uma alimentação com poucos açúcares; proteger e tratar dentes temporários e definitivos. A aplicação dos bochechos de flúor nas escolas do 1º ciclo do ensino básico justifica -se no nosso País, pois a água da rede pública contem menos de 0,3 ppm-mg/l de fluoretos e segundo as orientações da OMS a concentração óptima de fluoretos na água, quando esta está sujeita a fluoretação, deve estar compreendida entre 0,5 e 1,5 ppm de fluoretos.

Pela Circular Normativa nº 02/DSPPS/DCVAE de 09/01/2009 este programa é alargado através da emissão dos “cheques dentista” para todas as crianças e jovens que frequentam escolas públicas e instituições de solidariedade social (IPSS). Pela normalização destes procedimentos passou a ser assegurada a prestação equitativa de cuidados curativos de saúde oral. A emissão destes “cheques-dentista” teve início no ano lectivo 2008/2009 e abrangeu todas as crianças nascidas nos anos de 2001-1998-1995, sendo aqui de realçar o papel da Escola para o êxito deste Programa.

O PNPSO iniciou-se no ano de 1985, e, em 1986/1987, foi feito, pela Direcção Geral Saúde, um “Diagnostico de Situação de Saúde Oral“ no qual se verificou que as crianças livres de cárie (ausência de dentes cariados na dentição temporária e permanente,) eram de 10%. Com o trabalho das equipas de saúde escolar em colaboração com os profissionais de educação, verificou-se que no ano 1999/2000 este valor passou para 33% e em 2005/2006 para 51%. A Organização Mundial de Saúde definiu, para este indicador e para o ano 2020, a meta, de pelo menos, 80% de crianças com 6 anos livres de cárie. Sabemos que as mudanças de comportamento são muito difíceis e lentas, dependendo de muitos factores, sociais, familiares, culturais, e outros. Sendo assim só através da participação de todas as partes intervenientes (pais, educadores, profissionais de saúde e outros) e do desenvolvimento de metodologias de intervenção eficazes, seremos capazes de atingir essa meta, diminuindo assim o problema da cárie dentária e contribuindo também para o sucesso escolar dos alunos.

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado a 10/02/2010 no "Jornal de Barcelos".