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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

92 milhões estão em risco de vida por causa de obesidade

Na véspera do Dia Mundial do Combate à Obesidade, que se assinalou a 11 de outubro, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) releva que 92 milhões de vidas estão em risco por causa da obesidade, doença que custa 385 mil milhões de euros e que afeta um quarto dos cidadãos dos países da OCDE.

No relatório, a OCDE defende que a prevenção é essencial para salvar vidas e para evitar as perdas económicas da obesidade, que estimam custar uma média de 3,3% dos produtos internos brutos todos os anos.
«Nas próximas três décadas, o excesso de peso fará 93 milhões de mortos na OCDE com a obesidade e doenças relacionadas a reduzirem a esperança de vida em três anos até 2050», afirma a organização, que considera «urgente aumentar os investimentos em políticas que promovam estilos de vida saudáveis».
Entre os países da OCDE, a taxa de obesidade entre a população adulta aumentou de 21% em 2010 para 24% em 2016, o que representou mais cinquenta milhões de pessoas a tornarem-se obesas, enquanto a disponibilidade de calorias aumentou 20% nas últimas cinco décadas.
Os países da OCDE gastam em média 8,4% dos seus orçamentos para a saúde a tratar doenças relacionadas com o excesso de peso, sejam diabetes (70% dos casos são pessoas com peso a mais), cancro (9%) ou doenças cardíacas (23%).
«Cada dólar gasto na prevenção da obesidade gera um retorno económico seis vezes superior», conclui a organização, salientando que «as crianças, em particular, estão a pagar um preço elevado» quando sofrem de obesidade. Quanto aos adultos, têm menos 8% de probabilidade de manter o emprego se sofrem de uma doença crónica associada ao excesso de peso e mais 3,4% de probabilidade de ter que faltar.
Nos países da União Europeia, «mulheres e homens no escalão de rendimento mais baixo têm, respetivamente, mais 90% e 50% de probabilidade de sofrer de obesidade».
A receita, para a OCDE, é agir em setores como etiquetagem de alimentos, regulação de publicidade de comida pouco saudável às crianças e promoção do exercício.
Fonte: Lusa
Para mais informações, consulte o relatório "The Heavy Burden of Obesity" da OCDE aqui.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Mexa-se, pelo seu bem-estar!

Se reparar cada vez mais o nosso dia-a-dia é mais agitado, mas na realidade cada vez nos mexermos menos, usamos o carro para ir a qualquer lado mesmo que perto, o elevador sempre até para descer, se estamos sentados pedimos ao colega para nos passar algo, em vez de nos levantarmos, se cai algo não dobramos as pernas para apanhar, enfim tudo nos é facilitado, e nós aceitamos de bom grado sem pensar nas consequências futuras disso para o nosso organismo. É que tal como uma bicicleta que pouco anda ou fica parada ao longo do tempo, esta enferruja, o nosso organismo também, assim o é, se nos mexermos pouco.

O sedentarismo ou inatividade física é considerado o quarto maior fator de risco que contribui para a mortalidade mundial (WHO, 2010). Segundo dados do Eurobarómetro  de 2017, os portugueses fazem cada vez menos exercício físico, 74% diz que raramente ou nunca pratica exercício físico e 43% atribuem-no à falta de tempo , à falta de motivação ou de interesse (33%) e à ideia que praticar exercício se torna dispendioso (13%). Os motivos que levam os portugueses a praticar exercício físico são: melhorar a sua saúde (51%), melhorar a sua aptidão física (36%), sentirem-se relaxados (38%) e para se divertirem (24%).

Ora está comprovado que a atividade física regular aumenta o bem-estar como consequência dum aumento da libertação de endorfinas para a corrente sanguínea no nosso cérebro o que nos vai estimular a parte emocional e límbico do nosso cérebro levando-nos a percecionar mais prazer e tornando-nos mais dinâmicos, energéticos  e melhorando a qualidade do sono. Também pelo facto de haver uma melhor oxigenação de todas as células, melhora o nosso sistema circulatório, cardiorrespiratório, músculo-esquelético, aumentando a nossa força muscular e a resistência, reduzindo o peso, reduzindo os valores de colesterol, de triglicerídeos, dum modo geral melhora os valores das nossas análises e se duvidar o melhor é experimentar.

Por isso deve por em prática um plano adequado a si, comece por se mexer ao longo do dia, evite o sedentarismo, faça pequenas caminhadas, arranje um cão que o leve a si a passear, mas futuramente será você a passear o seu cãozinho, tire tempo e inscreva-se numa atividade física ou mais (ginástica, piscina, caminhada, ciclismo, futebol, o que preferir), existem nas juntas de freguesia, no parque da cidade, em associações desportivas, sendo algumas gratuitas, é só uma questão de escolha e de vontade, desafie um colega ou familiar para o acompanhar. Se tem filhos e está farto de os ver em casa agarrados ao telemóvel leve-os consigo, no início vão achar uma seca, mas depois irão achar divertido, os miúdos também têm atividades desportivas, nas escolas das quais podem participar, pois é desde criança que devem começar a ter hábitos de praticar desporto e assim evitar a obesidade, a falta de ocupar o tempo com o que não devem e em cada grupo que pratiquem desporto podem socializar, algo difícil nos dias de hoje.

Agora a decisão é sua como sempre foi. Mexa-se e não enferruje!!!

Nota: Elaborado por Jesus Fernandes, Técnica de Saúde Ambiental, tendo por base dados do Eurobarómetro 2017 para a atividade física.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Faça a melhor escolha, vá pelas escadas

Portugal tal como outros países Europeus tem vindo a dar cada vez mais importância a actividades que melhorarem a condição física e promovam a saúde da sua população.
Através desta campanha visa-se promover uma interacção próxima com a população com o objectivo do reconhecimento das vantagens da adopção de comportamentos fisicamente activos, em concreto, incentivar a população para a utilização de escadas ao invés de meios mecânicos.
O objectivo geral é a sensibilização das pessoas para os benefícios para a saúde da utilização de escadas em detrimento dos meios mecânicos.
Aderir a esta campanha será benéfico para a sua saúde e para a grande maioria da população. No entanto, antes de decidir utilizar as escadas em vez dos meios mecânicos (elevador, escada, rampa ou tapete rolante) conheça os benefícios e as situações que podem contra indicar essa prática.
Benefícios e cuidados a ter
Caso sofra de algum destes problemas, sugerimos que se aconselhe com o seu médico antes de tomar a decisão de aderir à campanha:
  • Problemas osteoarticulares, dos ossos, das articulações, dos músculos, tendões e ligamentos, em especial, do joelho, da coluna vertebral, costas e da bacia.
  • Problemas cardiovasculares, do coração, pressão/tensão arterial elevada ou outro problema do foro cérebro-cardiovascular.
  • Problemas de equilíbrio
  • Problemas de visão
  • Dores ou falta de ar a subir ou descer escadas
  • Dores nas pernas, se sente dores ou cãibras nas pernas quando sobe ou desce escadas
E lembre-se:
  • Inicie sempre a subir devagar e aumente a cadência progressivamente
  • Comece por subir um patamar de escadas e progressivamente aumente outro
São vários os benefícios relacionados com a utilização regular de escadas, podendo contribuir para:
  • Melhorar os níveis de colesterol
  • Reduzir stresse e ansiedade
  • Melhorar o desempenho cardiovascular
  • Reduzir o risco de osteoporose e fracturas
  • Fortalecer o sistema ósseo
  • Aumentar a capacidade respiratória
  • Melhoria progressiva da função pulmonar
  • O controlo do peso 
  • Ganhos ambientais
Dê o próximo passo para melhorar a sua saúde e a dos outros. Aceite o desafio!
Mais informações em aqui.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Escolha desadequada de calçado pode provocar lesões

Praticar exercício físico é hoje um hábito cada vez mais presente no quotidiano dos portugueses. Este facto justifica-se pelos inegáveis benefícios que a prática regular de uma dada atividade física pode trazer para a saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o exercício físico é recomendado à população em geral, tanto para crianças e jovens, como para adultos, e até mesmo pessoas com mais de 65 anos. De forma a garantir as boas práticas durante a realização dos exercícios, esta entidade estipulou algumas recomendações que diferem consoante o grupo etário.

No caso da população entre os 5 e os 17 anos, deverão ser realizados 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada a alta. Entre os benefícios estão o desenvolvimento saudável do sistema cardiovascular, do tecido musculosquelético, de consciência neuromuscular (equilíbrio, coordenação e controle dos movimentos), e manutenção do peso corporal. Estão também associados benefícios psicológicos.
Já os indivíduos entre os 18 e os 64 anos devem praticar pelo menos 150 minutos semanais de atividade aeróbica de intensidade moderada, ou 75 minutos de atividade de alta intensidade. Segundo alguns dados médicos e científicos, este grupo apresenta menor risco de fratura e redução das taxas de mortalidade devido a: hipertensão arterial, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, menores índices de depressão, maior probabilidade de manter o peso ou redução de gordura abdominal, etc.
A partir dos 65 anos destacam-se atividades físicas e de lazer (como jardinagem, natação, caminhadas, dança), de locomoção, ocupacionais e tarefas domésticas. Com estas verifica-se a redução do risco de quedas, melhorias nas funções cognitivas, melhorias na constituição óssea, redução dos índices gerais de mortalidade e manutenção de massa muscular.
Enquanto Podologista, tenho observado que a população em geral, quer sejam amadores ou atletas profissionais, não detém grande preocupação na escolha do tipo de calçado desportivo, fator que pode acarretar problemas para o pé, joelhos e coluna lombar, pois as características físicas do indivíduo, nomeadamente o apoio plantar, posicionamento do retro pé, relação entre pé-joelho-coluna vertebral, entre outros, são fontes de lesões de overuse nos atletas. Assim, perante esta perspetiva, gostaria de aconselhar a todos os praticantes de qualquer atividade física desportiva e até de lazer a efetuar uma avaliação clínica podológica, com o objetivo de evitar lesões musculares, osteoarticulares, entorses, rutura de ligamentos, etc.
De forma garantir a saúde e bem-estar dos seus pés a médio-longo prazo, recomendo alguns cuidados a ter com os pés no desporto:
  • Lave os pés diariamente e seque-os bem, principalmente entre os dedos;
  • Use apenas meias de tamanho adequado e de algodão ou de outro material específico;
  • Compre sempre o calçado desportivo ao final do dia, pois é quando os pés se encontram mais volumosos;
  • Experimente o calçado desportivo com meias, e se utilizar ortóteses plantares leve-as consigo e coloque-as dentro do calçado;
  • Ajuste sempre o calçado desportivo ao pé maior e ao dedo maior, e verifique se há espaço suficiente para os dedos mexerem;
  • Escolha calçado desportivo com atacadores para ser possível um maior controlo e estabilidade do pé;
  • Utilize sempre o calçado adequado a cada desporto e de acordo com a sua pegada plantar;
  • Deve iniciar com atividade física moderada, no sentido de preparar todo o organismo para o exercício, pois sobrepeso e a falta de exercício irão conduzir a um excesso de stress sobre os pés;
  • Nunca se esqueça de efetuar um bom aquecimento antes de iniciar desporto, e execute alongamentos após o mesmo;
  • O calçado desportivo deve proteger o mais possível o pé, ser durável e adequado ao desporto e ao piso;
  • Substitua o calçado desportivo de caminhar a cada 500-1000 quilómetros, dependendo da utilização;
  • Utilize calçado adequado de acordo com a atividade física que vai executar e, muito importante, consulte sempre um podologista para identificar quais as alterações biomecânicas presentes no seu pé.

- Retirado de Saúde Online

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O exercício físico no idoso

A população idosa vem aumentando consideravelmente, o que se atribui uma maior expectativa de vida, provavelmente relacionada a um melhor controlo de doenças infecto contagiosas e crónico – degenerativas, gerando a necessidade de mudanças na estrutura social, para que estas pessoas tenham uma boa qualidade de vida.

O envelhecimento humano pode ser definido como o processo de mudança progressivo da estrutura biológica, psicológica e social dos indivíduos que, iniciando-se mesmo antes do nascimento, se desenvolve ao longo da vida. Este não é um problema, mas uma parte natural do ciclo de vida, sendo desejável que constitua uma oportunidade para viver de forma saudável e autónoma o mais tempo possível.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde a atividade física é importante para a saúde do idoso, pois promove e mantém a qualidade de vida, a autonomia e a independência do mesmo.

Os indivíduos que têm a mesma idade cronológica não têm a mesma condição física, uma vez que ela é determinada por uma série de factores como a herança genética, os hábitos de vida, prática de atividades físicas etc. Uma prova disso é que pessoas fisicamente activas com 60 anos de idade, em geral, tem a idade biológica de um sedentário 20 anos mais jovem.

Com a prática regular de exercício físico existe uma considerável melhoria nas relações sociais, na saúde física e psicológica, retardando o processo de envelhecimento e proporcionando uma velhice mais autónoma e independente, com uma melhor qualidade de vida.

A avaliação inicial é importante, uma vez que muitos idosos têm doenças e tomam medicamentos. A hipertensão, a diabetes, a osteoporose e as doenças cardiovasculares e os problemas articulares, são alguns dos problemas mais comuns entre esta população. Sendo assim, o cuidado deve ser redobrado para que cada exercício seja adequado ao idoso e sua condição.

Existem vários tipos de actividades físicas, entre elas a hidroginástica, a ginástica, a musculação, a dança e a caminhada, ficando a cargo do idoso escolher a que melhor se adapta.

Tendo em conta os determinantes comportamentais ao longo da vida, a adopção de estilos de vida mais saudáveis e uma atitude mais participativa na promoção do auto-cuidado serão fundamentais para se viver com mais saúde e por mais anos, contrariando um dos mais frequentes mitos negativos, ligados ao envelhecimento, que considera ser tarde demais, quando se é mais idoso, para se alterar o modo como se vive.

Não se esqueça nunca é tarde demais!

Nota: Elaborado por Fátima Pereia, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional da autoria de Dario Silva. Fotografia do topo do texto obtida apartir do banco de imagens grátis morgueFile.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Actividade física e bem-estar

A actividade física adequada e o desporto são essenciais para a nossa saúde e bem-estar. Elas constituem uma das bases para um estilo de vida saudável, assim como uma alimentação saudável, vida sem tabaco e o evitar de outras substâncias nocivas para a saúde. Sendo assim, intervir sobre estes determinantes surge como uma estratégia de saúde fundamental que permitirá obter, a médio prazo, uma redução da prevalência de doenças crónicas e dos custos económicos individuais e sociais que lhe estão associados.

A actividade física reduz os riscos de doenças cardiovasculares, de alguns cancros e a diabetes tipo 2. Isto acontece devido à melhoria do metabolismo da glicose, da redução das gorduras e da diminuição da tensão arterial. Ao executar alguma actividade física, também se poderá melhorar o sistema músculo-esquelético, o controle de peso e reduzir os sintomas de depressão, tão frequentes nos nossos dias.

Qual a quantidade de actividade física necessária para melhorar e manter a saúde?

Há benefícios para a saúde quando exercemos pelo menos 30 minutos de actividade física cumulativa moderada, todos os dias. Como? Caminhar para o local de trabalho, subir escadas, dançar, jardinagem e muitos outros desportos recreativos.

Sabemos que a prática da actividade física regular nos jovens diminui a probabilidade de estes virem a fumar, aumenta a sua performance académica e facilita o desenvolvimento das suas capacidades sociais, principalmente quando feito em forma de jogos de equipa. Contudo sabemos que hoje em dia, estamos cada vez mais inactivos e a aumentar de peso. Com os estilos de vida actuais, em que os aparelhos nos permitem cada vez mais conforto, nomeadamente os telemóveis, televisões, carros, computadores e comandos à distância, reduzem a actividade física, e potenciam a instalação da Obesidade. Começando com excesso de peso e se continuarmos a comer mais do que gastamos, isto é avançando para a obesidade, inicia-se o caminho de desequilíbrios que vão originar tensão arterial alta, diabetes, doenças cardiovasculares, depressões, etc. Estima-se que o sedentarismo seja causador de um milhão e novecentas mil mortes a nível mundial.

À que mudar atitudes e comportamentos, e não falo só da ida a ginásios e piscinas mas de nos mexermos sempre que possível e não levar o carro quase para dentro dos locais aonde pretendemos ir, mesmo transgredindo regras de trânsito e de bom senso!

Por outro lado também sabemos que o meio físico e social das cidades tem um grande impacto na implementação e acesso á actividade física. Há que encorajar o uso de transportes públicos, bicicleta e criação de condições para se poder caminhar em segurança. Vou contar-vos o meu caso: moro em Barcelinhos, a 500 metros do meu local de trabalho e utilizo o carro próprio para me deslocar para o mesmo e porque? Porque não tenho segurança na deslocação a pé para o meu local de trabalho pois não há passeios adequados, passadeiras e por outro lado o excesso de carros e a velocidade dos mesmos, torna esta possível deslocação algo perigosa. Em vez de chegar ao local de trabalho talvez chegasse ao hospital!

Cada vez mais, há necessidade de conjugarmos esforços e trabalharmos todo este problema. Aqui convêm referir a importância das Autarquias, Juntas de Freguesia e de todos nós para conseguirmos alguma mudança. Quero também dar especial realce à importância da Escola na promoção da Actividade Física e formação dos jovens para a Cidadania.

Para dúvidas, sugestões ou comentários, não hesite em utilizar o endereço de correio electrónico usp@csbarcelinhos.min-saude.pt.

Elaborado por: Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado no Jornal de Barcelos de 14/07/2010.