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quarta-feira, 10 de abril de 2013

O exercício físico no idoso

A população idosa vem aumentando consideravelmente, o que se atribui uma maior expectativa de vida, provavelmente relacionada a um melhor controlo de doenças infecto contagiosas e crónico – degenerativas, gerando a necessidade de mudanças na estrutura social, para que estas pessoas tenham uma boa qualidade de vida.

O envelhecimento humano pode ser definido como o processo de mudança progressivo da estrutura biológica, psicológica e social dos indivíduos que, iniciando-se mesmo antes do nascimento, se desenvolve ao longo da vida. Este não é um problema, mas uma parte natural do ciclo de vida, sendo desejável que constitua uma oportunidade para viver de forma saudável e autónoma o mais tempo possível.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde a atividade física é importante para a saúde do idoso, pois promove e mantém a qualidade de vida, a autonomia e a independência do mesmo.

Os indivíduos que têm a mesma idade cronológica não têm a mesma condição física, uma vez que ela é determinada por uma série de factores como a herança genética, os hábitos de vida, prática de atividades físicas etc. Uma prova disso é que pessoas fisicamente activas com 60 anos de idade, em geral, tem a idade biológica de um sedentário 20 anos mais jovem.

Com a prática regular de exercício físico existe uma considerável melhoria nas relações sociais, na saúde física e psicológica, retardando o processo de envelhecimento e proporcionando uma velhice mais autónoma e independente, com uma melhor qualidade de vida.

A avaliação inicial é importante, uma vez que muitos idosos têm doenças e tomam medicamentos. A hipertensão, a diabetes, a osteoporose e as doenças cardiovasculares e os problemas articulares, são alguns dos problemas mais comuns entre esta população. Sendo assim, o cuidado deve ser redobrado para que cada exercício seja adequado ao idoso e sua condição.

Existem vários tipos de actividades físicas, entre elas a hidroginástica, a ginástica, a musculação, a dança e a caminhada, ficando a cargo do idoso escolher a que melhor se adapta.

Tendo em conta os determinantes comportamentais ao longo da vida, a adopção de estilos de vida mais saudáveis e uma atitude mais participativa na promoção do auto-cuidado serão fundamentais para se viver com mais saúde e por mais anos, contrariando um dos mais frequentes mitos negativos, ligados ao envelhecimento, que considera ser tarde demais, quando se é mais idoso, para se alterar o modo como se vive.

Não se esqueça nunca é tarde demais!

Nota: Elaborado por Fátima Pereia, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional da autoria de Dario Silva. Fotografia do topo do texto obtida apartir do banco de imagens grátis morgueFile.

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