A população idosa vem aumentando consideravelmente,
o que se atribui uma maior expectativa de vida, provavelmente relacionada a um melhor
controlo de doenças infecto contagiosas e crónico – degenerativas, gerando a
necessidade de mudanças na estrutura social, para que estas pessoas tenham uma
boa qualidade de vida.
O envelhecimento humano pode ser definido como o
processo de mudança progressivo da estrutura biológica, psicológica e social
dos indivíduos que, iniciando-se mesmo antes do nascimento, se desenvolve ao
longo da vida. Este não é um problema, mas uma parte natural do ciclo de vida,
sendo desejável que constitua uma oportunidade para viver de forma saudável e
autónoma o mais tempo possível.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde a
atividade física é importante para a saúde do idoso, pois promove e mantém a
qualidade de vida, a autonomia e a independência do mesmo.
Os indivíduos que têm a mesma idade cronológica não
têm a mesma condição física, uma vez que ela é determinada por uma série de
factores como a herança genética, os hábitos de vida, prática de atividades
físicas etc. Uma prova disso é que pessoas fisicamente activas com 60 anos de
idade, em geral, tem a idade biológica de um sedentário 20 anos mais jovem.
Com a prática regular de exercício físico existe
uma considerável melhoria nas relações sociais, na saúde física e psicológica,
retardando o processo de envelhecimento e proporcionando uma velhice mais autónoma
e independente, com uma melhor qualidade de vida.
A avaliação inicial é importante, uma vez que
muitos idosos têm doenças e tomam medicamentos. A hipertensão, a diabetes, a osteoporose
e as doenças cardiovasculares e os problemas articulares, são alguns dos
problemas mais comuns entre esta população. Sendo assim, o cuidado deve ser
redobrado para que cada exercício seja adequado ao idoso e sua condição.
Existem vários tipos de actividades físicas, entre
elas a hidroginástica, a ginástica, a musculação, a dança e a caminhada,
ficando a cargo do idoso escolher a que melhor se adapta.
Tendo em conta os determinantes comportamentais ao
longo da vida, a adopção de estilos de vida mais saudáveis e uma atitude mais
participativa na promoção do auto-cuidado serão fundamentais para se viver com
mais saúde e por mais anos, contrariando um dos mais frequentes mitos
negativos, ligados ao envelhecimento, que considera ser tarde demais, quando se
é mais idoso, para se alterar o modo como se vive.
Não se esqueça nunca é tarde demais!
Nota: Elaborado por Fátima Pereia, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional da autoria de Dario Silva. Fotografia do topo do texto obtida apartir do banco de imagens grátis morgueFile.
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