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quarta-feira, 3 de abril de 2013

A Saúde das Piscinas


Foi-se o tempo em que as piscinas eram uma raridade e poucas eram as pessoas que tinham acesso a elas. Hoje, estão por todo o lado, possibilitando uma nova opção de lazer num ambiente mais seguro àqueles que o desejam. Ao interesse por estas atividades lúdicas, tem correspondido um investimento (público e privado), na construção de novas e cada vez mais sofisticadas instalações destinada à prática da natação e outras atividades relacionadas. Para eliminar ou minimizar os riscos associados à utilização destes equipamentos, o Departamento de Saúde Pública da ARS Norte, I.P., no âmbito da sua atuação, tem divulgado junto das Unidades de Saúde Pública, um conjunto de orientações visando a uniformização de procedimentos na elaboração e na implementação do Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas, para aplicação na sua área geo-demográfica. Destas orientações, destacam-se:
  • A criação do livro de registo sanitário, que serve para anotar diariamente os valores de desinfetante total e residual, do pH, e da temperatura. Este registo é importante por que vai permitir reajustar o desinfetante sempre que for necessário, uma vez que ele é o responsável pela eliminação dos microrganismos patogénicos e pela oxidação da matéria orgânica existente na água;
  • A monitorização dos parâmetros microbiológicos e físico-químicos, bem como a sua periodicidade e os valores limite estabelecidos na Lei, visando eliminar os eventuais efeitos negativos para a saúde pública associados à qualidade das águas, nomeadamente, as reações alérgicas ocasionadas pelo excesso de cloro e aos problemas de saúde causados pela ingestão de água com microrganismos patogénicos, por defeito;
  • As vistorias inspetivas para caracterização técnico-funcionais e higio-sanitárias das instalações por que vão permitir identificar e avaliar os riscos, e solicitar sempre que for necessário, medidas corretivas adaptadas a cada situação específica;
  • A cooperação ativa entre os intervenientes (saúde e gestores) para possibilitar a partilha de informação e consequentemente a melhoria contínua destes espaços.
Pretende-se com este programa que as piscinas sejam espaços seguros e saudáveis, e que a gestão da qualidade da água, enquanto elemento privilegiado destas estruturas, seja a principal prioridade na salvaguarda da saúde pública. Uma piscina mal tratada pode ser sinónimo de doença.

Nota: Elaborado por Amâncio Ferreira, Técnico de Saúde Ambiental da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.
 

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