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quarta-feira, 6 de março de 2013

Dia internacional da Mulher

O “Dia Internacional da Mulher”comemora-se mundialmente a 8 de Março desde 1975. Esta comemoração nasceu com uma greve feita pelas operárias têxteis de uma fábrica em 1857 em Nova Iorque. Estas pretendiam a redução das 16 horas de trabalho diário para 10 horas e igualdade de salário ao dos homens, que para o mesmo trabalho, era três vezes superior. Esta greve foi reprimida com muita violência, de tal modo que fecharam a fábrica e houve um incêndio, que originou a morte de cerca de 130 mulheres. Para homenagear estas mulheres, ficou decidido, numa conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca em 1910,comemorar este dia como o Dia Internacional da Mulher, o qual só ficou oficializado em 1975 através de um decreto-lei emitido pela ONU. Este dia pretende chamar a atenção para o papel da Mulher na sociedade. Apesar de já se terem conseguido algumas mudanças, ainda há um longo caminho a percorrer, principalmente nos países em desenvolvimento, de modo a garantir a igualdade de direitos e de oportunidades. E vejam só que nós mulheres, em Portugal somos em maior número, 100 mulheres para cada 9,3 homens, dados de 2011 do INE. Que seria se fossemos minoria?
Segundo Edit Bauer "A discriminação direta e indirecta, bem como factores sociais e económicos, tais como a segregação ocupacional e sectorial no mercado de trabalho, a desvalorização do trabalho das mulheres, a desigualdade no equilíbrio entre trabalho e vida privada, bem como tradições e estereótipos, nomeadamente na escolha de percursos educativos e padrões de emprego são, de acordo com análises de peritos, responsáveis por cerca de metade da diferença”.
 
 Os últimos dados disponíveis, indicam em média, que as mulheres europeias recebem menos cerca de 17% do salário do que os homens. Mas nem  só o salário  interessa! O acesso ao mercado laboral também continua a ser limitado, de categoria inferior, mais vulnerável e com pior acesso à protecção social. As mulheres, ainda que plenamente integradas no mercado de trabalho e ocupando lugares de topo, sofrem enormes pressões. As que são mães, não podem dedicar-se integralmente a essa condição, precisamente pelas limitações que o trabalho e as responsabilidades profissionais lhes impõem. As que não são mães, vêm muitas vezes os seus projectos de maternidade adiados devido ao peso que o trabalho ocupa nas suas vidas, e à possibilidade de serem despedidas ou substituídas quando engravidarem. Também nos cargos de tomada de decisões, de negociações de paz e de desarmamento estas estão em minoria.

Por todas estas realidades, continua a ser necessário lutar por mais direitos.

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária, Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.

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