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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Dia Mundial do cancro


No início do milénio, a 4 de fevereiro foi declarado o Dia Mundial do Cancro. Tudo começou com seis especialistas em cancro que se reuniram em Paris em 1999. Com a chegada iminente do ano 2000, o grupo decidiu que o desafio global do cancro não seria esquecido no novo século. Juntos, os seis líderes – os Dr. David Kayat, Peter
Harper, James F. Holland, Gabriel N. Horobagyi, Lawrence H. Einhorn e Sandra Swain – redigiram uma Carta que descrevia uma visão para abordar o impacto do câncer na “vida humana, no sofrimento humano e na produtividade das nações”. A Carta destaca a necessidade de acesso a cuidados de qualidade, financiamento para pesquisas sobre o cancro, maior compreensão e, acima de tudo, respeito e dignidade para todas as pessoas que vivem com a doença. O artigo final estabeleceu a ideia para um dia internacional de consciencialização:
 
"Reconhecendo a declaração de todas as instituições relevantes, de que o dia 4 de fevereiro será marcado como o 'Dia Mundial do Cancro', para que a cada ano a Carta de Paris esteja no coração e na mente das pessoas em todo o mundo.”
 
Este documento ficou conhecido como a Carta de Paris Contra o Cancro. Em 4 de fevereiro de 2000, a Carta foi assinada pelo então presidente da França, Jacques Chirac, e pelo então diretor geral da UNESCO, Kōichirō Matsuura.



Os cancros podem ter sua causa em fatores diferentes e, como muitas outras doenças, a maioria dos cancros é resultado da exposição a vários fatores diferentes. É importante lembrar que, embora alguns fatores não possam ser evitados, aproximadamente um terço dos casos de cancro pode ser prevenido com a redução de riscos comportamentais e alimentares.

Os fatores de risco que podem ser modificados são:

  • Álcool – Nunca foi tão forte a evidência de que o consumo de bebidas alcoólicas pode ser uma das causas de vários cancros. O álcool pode aumentar o risco de seis tipos de cancros: intestino (colo-retal), mama, boca, faringe e laringe (boca e garganta), esôfago, fígado e estômago [1]. Evidências sugerem que, em geral, quanto mais bebidas alcoólicas as pessoas consomem, maior é o risco de vários cancros, e que mesmo o consumo moderado de álcool aumenta o risco de cancro.
  • Excesso de peso ou obesidade – O excesso de peso foi associado a um maior risco de desenvolver 12 cancros diferentes, inclusive cancro de intestino e pâncreas. Em geral, o maior ganho de peso, especialmente em adultos, está associado a maiores riscos de cancro.
  • Dieta e nutrição – Especialistas consideram que dietas e a ingestão de certos alimentos, especialmente dietas ricas em carnes vermelhas, carnes processadas e alimentos com alto teor de sódio, e pobres em frutas e vegetais, têm impacto no risco de desenvolver certos cancros, particularmente colo-retal, de nasofaringe e estômago [2], [3], [4].
  • Atividade física – A atividade física regular não ajuda apenas a reduzir o excesso de gordura corporal e os riscos de cancros associados a isso, mas ser fisicamente ativo pode ajudar a reduzir os riscos de desenvolver cancro de cólon, mama e endométrio [5].
  • Tabaco – O fumo do tabaco contém pelo menos 80 substâncias diferentes que causam cancro (agentes carcinogéneos). Quando o fumo é inalado, as substâncias químicas entram nos pulmões, passam pelo fluxo sanguíneo e são transportadas por todo o corpo [6]. Por isso, fumar ou mascar tabaco não causa apenas cancro de pulmão e boca, mas também está relacionado com muitos outros cancros. Quanto mais uma pessoa fuma, quanto mais cedo começa e quanto mais tempo continua a fumar, maior é o risco de cancro. Atualmente, o uso de tabaco é responsável por aproximadamente 22% das mortes de cancro [7].
  • Radiação ionizante – Fontes artificiais de radiação podem causar cancro e são um risco para trabalhadores. Elas incluem: rádon, raios x, raios gama e outras formas de radiação de alta energia [8]. A exposição prolongada e sem proteção à radiação ultravioleta do sol, lâmpadas/solário também podem causar melanoma e cancro de pele. Pessoas de pele clara, indivíduos com muitos sinais ou com histórico familiar de melanoma ou cancro de pele diferente do melanoma têm maior risco. Esclarece-se, porém, que pessoas de todos os tons de pele podem desenvolver cancro de pele, mesmo indivíduos com a pele mais morena [9].
  • Perigos no local de trabalho – Algumas pessoas correm risco de exposição no seu local de trabalho a substâncias que poderão provocar cancro. Por exemplo, foi constatada maior incidência de cancro de bexiga do que o normal em funcionários da indústria química de tinturas. O amianto é uma causa de cancro bem conhecida, especialmente o cancro chamado mesotelioma, que mais comumente afeta o tecido que reveste os pulmões.
  • Infeção – Agentes infeciosos são responsáveis por aproximadamente 2,2 milhões de mortes por cancro anualmente[10]. Isso não significa que os cancros possam ser contraídos como uma infeção; em vez disso, o vírus pode causar alterações nas células que as tornam mais propensas as se tornarem cancerosas.
  • Aproximadamente 70% dos cancros de colo do útero são causados por infeções de papiloma vírus humano (HPV)[11], enquanto o cancro de fígado e linfoma não Hodgkin podem ser causados pelo vírus da hepatite B e C[12], e os linfomas estão relacionados ao vírus Epstein-Barr[13].
  • No passado, as infecções bacterianas não eram consideradas agentes cancerígenos, mas estudos recentes mostraram que pessoas que têm infeção de Helicobacter pylori no estômago desenvolvem inflamação na parede do estômago, aumentando o risco de cancro de estômago.
[1] https://www.wcrf.org/int/cancer-facts-figures/link-between-lifestyle-cancer-risk/alcohol-cancer
[2] https://www.wcrf.org/dietandcancer/exposures/wholegrains-veg-fruit
[3] https://www.wcrf.org/dietandcancer/exposures/meat-fish-dairy
[4] https://www.wcrf.org/dietandcancer/exposures/preservation-processing
[5] https://www.wcrf.org/dietandcancer/exposures/physical-activity
[6] http://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/causes-of-cancer/smoking-and-cancer/how-smoking-causes-cancer
[7] http://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/cancer
[8] https://www.cancer.gov/about-cancer/causes-prevention/risk/radiation
[9] https://www.cancer.gov/about-cancer/causes-prevention/risk/sunlight
[10] http://www.thelancet.com/journals/langlo/article/ PIIS2214-109X(16)30143-7/abstract
[11] http://www.who.int/fr/news-room/fact-sheets/detail/human-papillomavirus-(hpv)-and-cervical-cancer
[12] http://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/causes-of-cancer/infections-hpv-and-cancer/hepatitis-viruses-and-cancer
[13] http://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/causes-of-cancer/infections-hpv-and-cancer/ebv-and-cancer


Os fatores de risco que não podem ser mudados ou evitados são:
  • Idade – Muitos tipos de cancro tornam-se mais comuns com a idade. Quanto mais as pessoas vivem, mais exposição a agentes cancerígenos ocorre, e mais tempo para que alterações genéticas ou mutações ocorram nas células.
  • Substâncias que causam cancro (agentes cancerígenos) – São substâncias que mudam a forma como uma célula se comporta, aumentando a probabilidade do cancro se desenvolver. Os genes são mensagens codificadas dentro de uma célula que dizem como ela deve se comportar. Mutações ou alterações nos genes, como danos ou perdas, podem mudar o comportamento da célula, aumentando a probabilidade de ela se tornar cancerosa [14].
  • Genética – Algumas pessoas, infelizmente, nascem com elevado risco herdado geneticamente para um cancro específico (predisposição genética). Não quer dizer que essas pessoas vão desenvolver cancro de certeza absoluta, mas a predisposição genética torna a doença mais provável. Por exemplo, mulheres portadoras de genes de cancro de mama BRCA 1 e BRCA 2 têm maior predisposição para desenvolver essa forma de cancro do que mulheres com risco normal de cancro de mama. Entretanto, menos de 5% de todos os cancros de mama são devidos aos genes. Ou seja, embora as mulheres com um desses genes sejam individualmente mais suscetíveis a desenvolver cancro de mama, a maioria dos casos não é causado pela falha hereditária de alto risco no gene. Isso também se aplica a outros cancros comuns, para os quais algumas pessoas têm predisposição genética, por exemplo, o cancro de cólon (intestino grosso).
  • O sistema imunológico – Pessoas com o sistema imunológico debilitado correm maior risco de desenvolver alguns tipos de cancro. Entre essas pessoas estão indivíduos que passaram por transplantes de órgãos e tomam remédios para inibir o sistema imunológico e impedir a rejeição do órgão, pessoas portadoras de HIV, AIDS ou de outras condições de saúde que reduzem a imunidade à doença.

[14] Carcinógenos conhecidos e prováveis. Sociedade Americana de Cancro https://www.cancer.org/cancer/cancer-causes/general-info/known-and-probable-human-carcinogens.html [Acesso em 10.07.2018]

Para mais informações consulte aqui.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Pseudo Surtos de Doenças Oncológicas 2017

Os alarmes sociais de eventual aumento da incidência de cancro, têm sido mais frequentes nos últimos anos, reflectindo tanto um aumento da percepção social da doença, como um receio crescente dos riscos ambientais. 

É uma realidade que factores ambientais podem levar a um aumento de doenças oncológicas, havendo vários exemplos paradigmáticos deste fenómeno. Os casos mais conhecidos estão relacionados com a exposição a radiações ionizantes, como foram os casos das populações de Hiroshima e de Nagasaki, durante a II Guerra Mundial, ou mais recentemente de Chernobyl ou de Fukushima por exposição a acidentes nucleares. Em Portugal destaca-se a exposição dos mineiros da Urgeiriça ou da população tratada com radioterapia no surto de Tinha.  

Ainda em Portugal é histórica a relação entre a exposição ao agente de contraste torotraste e o aumento de cancro de fígado. Actualmente em Portugal ocorrem cerca de 50.000 novos casos de cancro por ano, a que correspondem 27.000 óbitos. A médio prazo cerca de 50% da população irá ter uma doença oncológica ao longo da vida. Estes números vão levar a que mais frequentemente o problema de pseudo-surtos de doenças oncológicas se venham a colocar. Estas suspeitas devem ser tratadas com profissionalismo e com metodologia adequada, que se encontra estabelecida, sendo o primeiro ponto de análise: são estes tumores iguais ou semelhantes? 

Consulte aqui o documento da Direcção Geral da Saúde sobre a análise de pseudo surtos de doenças oncológicas.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Recomendações para uma alimentação saudável

Para que se mantenha saudável, é preciso que haja um equilíbrio entre a energia que consome e a que gasta. 

Ter hábitos saudáveis não é sinónimo de uma alimentação monótona ou restritiva, pelo contrário significa variedade. Diferentes alimentos contribuem com diferentes nutrientes que, garantem que todas as necessidades nutricionais sejam satisfeitas. 

Optar por hábitos alimentares mais saudáveis não significa deixar de comer aqueles alimentos que tanto gosta. Interessa sim que o consumo desses alimentos sejam a excepção e não a regra do seu dia-a-dia alimentar. 

A alimentação saudável é também um dos principais factores responsáveis pela prevenção do cancro. Estima-se que 30% de todos os cancros tenham como responsáveis causas ligadas à alimentação e aos estilos de vida, nomeadamente ao peso excessivo, baixo consumo de frutas e hortícolas, falta de exercício físico, tabaco e consumo excessivo de álcool.

Não é por acaso que o Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direcção Geral de Saúde, nalgumas das suas estratégias pretende: a modificação da oferta de determinados alimentos (com alto teor de açúcar, sal e gordura), controlando as suas vendas nos estabelecimentos de ensino, de saúde, locais de trabalho e em instituições de apoio social, incentivando a maior disponibilidade de outros alimentos como: água, frutos e hortícolas frescas.

Este programa pretende: aumentar em 5% o número de crianças em idade escolar que consome diariamente a quantidade recomendada de fruta e hortícolas e o pequeno-almoço adequado; aumentar em 5% o número de consumidores que utiliza a rotulagem nutricional antes de adquirir produtos alimentares, aumentar em 10% o número de autarquias que recebe regularmente informação sobre alimentação saudável; reduzir em 10% a média da quantidade de sal presente nos principais fornecedores alimentares de sal à população. 

Devemos tentar ter sempre em conta as recomendações para fazer uma alimentação saudável tais como: tomar sempre o pequeno-almoço, evitar estar mais de 3 horas e meia sem comer, diminuir o consumo de sal, evitar ingerir produtos açucarados, evitar gorduras sobreaquecidas ou óleos queimados, evitar as gorduras principalmente as saturadas (origem animal), evitar bebidas alcoólicas, aumentar o consumo de hortícolas e fruta, beber água em abundância, consumir peixe e carnes magras, privilegiar o consumo de azeite e utilizar uma confeção simples dos alimentos.

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional da autoria de Dario Silva. Fotografia do topo da notícia obtida a partir do banco de imagens grátis MorgueFile.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O cancro da mama

Dia 30 de Outubro assinala-se o dia de luta contra o cancro da mama.

O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. A apresentação mais frequente consiste no aparecimento de uma massa dura e irregular, que quando palpada se diferencia do resto da mama pela sua consistência. O diagnóstico precoce, ou seja quando o tumor ainda está numa fase inicial, aumenta as hipóteses de cura, pode prevenir a disseminação do tumor (metástases) e tem melhor prognóstico e reabilitação.

Não existe uma causa específica para o cancro da mama mas são conhecidos vários factores considerados de risco: sexo feminino, mais de 60 anos de idade, história familiar de cancro da mama (familiares de 1º grau: mãe, tia, irmã), antecedentes pessoais de cancro (quem já teve cancro numa mama tem mais probabilidades de ter na outra), 1ª gravidez depois dos 30 anos ou nenhuma gravidez levada a termo, historia menstrual longa (inicio da menstruação antes dos 12 anos e menopausa depois dos 55 anos), terapêutica hormonal de substituição por mais de 5 anos, radioterapia ao tórax, obesidade, tabagismo, sedentarismo e consumo aumentado de bebidas alcoólicas.

Os sintomas e sinais mais comuns são o aparecimento de um nódulo ou endurecimento da mama ou debaixo do braço (axila); alteração no tamanho ou no formato da mama; alteração da coloração (com aspecto casca de laranja) ou na sensibilidade da pele ou da auréola.

O diagnóstico precoce pode ser feito através do auto-exame da mama e de exames complementares de diagnóstico como a ecografia e a mamografia. A mamografia é o exame preconizado de rastreio entre os 50 e os 69 anos de idade, efectuado de 2 em 2 anos. O auto-exame ou o exame clínico (feito numa consulta de planeamento familiar ou de rastreio oncológico, uma vez por ano, com papanicolau e palpação mamária pelo médico) é geralmente o suficiente nas mulheres sem sintomas ou factores de risco. O auto-exame faz-se na semana a seguir à menstruação, com a palpação das duas mamas e das axilas frente a um espelho. Deve-se procurar os sinais e sintomas acima descritos. As mulheres acima dos 70 anos de idade devem ser aconselhadas pelo médico assistente.

O tratamento vai depender do estádio e do tipo de tumor e entre as várias opções temos: a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia, a hormonoterapia, a cirurgia reconstrutiva e a medicina de reabilitação.

O cancro da mama representa: 23% dos casos totais de cancro nas mulheres; 99% dos cancros ocorrem em mulheres e 1% nos homens; 1 em cada 10 mulheres irá desenvolver em algum momento da sua vida um cancro da mama; 4500 novos casos detectados e 1500 mortes por ano em Portugal.

É a 1ª causa de morte nas mulheres entre os 35 e 55 anos e é a 2ª causa de morte nas restantes idades: 90% Dos casos são curáveis se detectados precocemente.

Pense nisto: hoje 12 mulheres foram diagnosticadas com cancro da mama e 4 morreram.

“Ignorar o cancro da mama é ignorar aqueles de quem mais gosta”. O diagnóstico precoce pode salvar vidas. Consulte o seu médico assistente e adira aos rastreios.

Nota: Elaborado por Sónia Lima, médica interna do 1º ano da Especialidade em Saúde Pública da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende e publicada no Jornal de Barcelos, edição de 27/10/2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O verão vem aí, cuidado com o sol

O sol é indispensável à vida na Terra, tem acções tão benéficas que seria impossível viver sem ele. Além de possibilitar a fotossíntese, fornece calor e é essencial à regulação do metabolismo do cálcio e do fósforo necessário ao esqueleto humano, através da vitamina D.

Uma radiação solar adequada proporciona bem-estar, relaxamento, aumenta a capacidade de acção, estimula o organismo físico e psíquico. É por isso que na altura da Primavera e Verão as pessoas se apresentam mais bem dispostas.

O sol moderado é importante tanto para os adultos como para as crianças e idosos.

Os raios solares em quantidades inadequadas anulam os benefícios do sol. Em exagero constituem fonte agressiva capaz de causar manchas inestéticas, envelhecimento precoce, queimaduras e cancro cutâneo.

Devido a redução da camada de ozono, tem-se verificado um aumento (3%) da radiação UV na crosta terrestre, o que implica um aumento de incidência do cancro da pele. As exposições solares exageradas representam uma ameaça à saúde.

A pele é o maior órgão do corpo. Protege-o do calor, da luz do sol, de feridas e de infecções. Ajuda a regular a temperatura corporal, armazena água e gordura, e produz vitamina D. Tem duas camadas principais, a derme que contém vasos sanguíneos e linfáticos, folículos pilosos e glândulas, e a epiderme onde se encontram os melanócitos que produzem a melanina, o pigmento que dá a pele a sua cor natural.

Quando a pele é exposta ao sol, os melanócitos produzem mais pigmento (melanina) fazendo com que a pele bronzeie. As peles morenas, por terem mais melanina que as peles claras, estão mais protegidas correndo menor risco de contrair cancro de pele.

O cancro de pele é o tipo de cancro mais frequente nos indivíduos de raça branca (caucasiana).

A exposição solar exagerada é responsável por 90% dos cancros cutâneos, os quais só têm cura se forem detectados precocemente.

Os tipos de cancro de pele mais frequentes são:

  • Basalioma ou carcinoma baso-celular – é o mais vulgar e atinge as pessoas de pele clara que se expõem regularmente ao sol (pescadores, trabalhadores rurais e da construção civil e outros). Localiza-se nas áreas do corpo mais expostas ao sol (face, pescoço e dorso) e apresenta-se em forma de nódulo rosado e brilhante, de crescimento lento ou de ferida superficial que surge sem causa aparente e que não cura espontaneamente. O tratamento, nas fases iniciais, resulta sempre em cura. Se deixar evoluir sem tratamento pode tornar-se muito agressivo.

  • Carcinoma espinocelular é um tumor mais agressivo e de crescimento mais rápido que o basalioma. Manifesta-se sob forma de nódulo, de crescimento rápido, com tendência para ulcerar e sangrar facilmente. É invasivo, e se não tratado inicialmente, dá origem a metástases à distância, podendo invadir órgãos vitais. Quando diagnosticado e tratado a tempo tem elevada possibilidade de cura.

  • Melanoma é dos tumores malignos mais agressivos. Origina-se a partir dos melanócitos da epiderme. Atinge grupos etários mais jovens que os anteriores. Caracteriza-se, pelo aparecimento de um pequeno nódulo ou mancha de cor negra, sobre pele aparentemente sã, em qualquer parte do corpo, ou em sinal já existente. O tratamento é cirúrgico e quando em fases iniciais, atinge elevadas taxas de cura.

No meu próximo artigo falarei sobre os cuidados a ter com o sol.

Nota: Artigo elaborado por Ancila Brás Gomes, Médica de Saúde Pública da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado no Jornal de Barcelos de 28/04/2010.