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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Abril, mês da prevenção de maus tratos na infância

Os Maus Tratos constituem um fenómeno complexo e multifacetado que se desenrola de forma dramática ou insidiosa, em particular nas crianças e nos jovens, mas sempre com repercussões negativas no crescimento, desenvolvimento, saúde, bem-estar, segurança, autonomia e dignidade dos indivíduos.
Este fenómeno é considerado um problema de saúde pública e objecto de vigilância que se reveste de particular gravidade em grupos populacionais mais vulneráveis.
Os maus tratos em crianças e jovens dizem respeito a qualquer acção ou omissão não acidental, perpetrada pelos pais, cuidadores ou outrem, que ameace a segurança, dignidade e desenvolvimento biopsicossocial e afectivo da vítima.
Existe uma multiplicidade de situações que consubstanciam a prática de maus tratos, os quais podem apresentar diferentes formas clínicas, por vezes associadas:
  1. Negligência (inclui abandono e mendicidade);
  2. Mau Trato Físico;
  3. Mau Trato Psicológico/Emocional;
  4. Abuso Sexual;
  5. Sindroma de Munchausen por Procuração.
Por forma a relembrar esta problemática, o mês de Abril foi instituído como o mês da prevenção dos maus tratos na infância.

Para mais informação, consulte aqui.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Violência no namoro

A assinalar o dia dos namorados, o Programa Uni+ organizou um seminário no passado dia 14/02.
O programa Uni+ é financiado pela Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e promovido pela Associação Plano i.
Estatísticas do Observatório da Violência no Namoro
Até ao momento o Observatório da Violência no Namoro registou 128 denúncias. 70 destas foram efectuadas por ex-vítimas, 51 por testemunhas e apenas 7 por vítimas actuais. As denúncias apresentam grande divergência quando comparadas por sexos: 118 denúncias foram efectuadas pelo sexo feminino e 10 pelo sexo masculino.
Segundo as estatísticas, em 92% dos casos as vítimas são do sexo feminino e em 94% os agressores são do sexo masculino.
A casa das pessoas é o local de maior incidência da violência, seguido da via pública e estabelecimentos públicos. O local com menos incidência é a escola.
O tipo de violência predominante é a violência psicológica, que ocorre 90.6% das vezes. De seguida, é a violência física (53.9%),  a violência social (32%), o stalking (27.3%) e a violência sexual (17.2%).
Estudo Nacional sobre a Violência no Namoro
Este estudo envolveu 1833 estudantes universitários, com idade média de 23 anos, e teve como objetivo caracterizar as crenças sobre as relações sociais e as práticas de violência. Dos inquiridos, 56.5% foram vítimas de violência no namoro e 36.6% admitiram já a ter praticado.
27.5% dos rapazes acredita que em certas ocasiões a violência doméstica é provocada pela mulher e 13.5% entendem que as mulheres que se mantêm em relações com violência são masoquistas.
Das raparigas inquiridas, 20% já foram controladas em aspectos como imagem física e/ou lugares que frequentam. 8% das raparigas já foram obrigadas a ter comportamentos sexuais indesejáveis.
Mais informações em http://www.associacaoplanoi.org/


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bullying na escola

A violência escolar, nomeadamente o bullying, está cada vez mais presente na nossa atualidade. Trata-se de um problema mundial, que é encontrado em todas as escolas e tem atingido faixas etárias cada vez mais baixas. Mas o que é isso do bullying?

O bullying compreende todas as atitudes agressivas, repetidas e intencionais, que ocorrem sem motivação que seja evidente, por um ou mais alunos contra outro ou outros, exercido dentro de uma relação desigual de poder, acabando por desencadear angústia e sofrimento nos elementos envolvidos, agressores (alunos que tentam vitimizar os seus colegas), vítimas (alunos expostos de forma repetida e durante algum tempo às agressões), e testemunhas (alunos que não se envolvem, mantém-se em silêncio com receio de serem as próximas vítimas do agressor).

Este tipo de atitudes agressivas podem assumir diferentes formas, sendo por meios físicos, como por exemplo, bater ou empurrar; meios verbais ou psicológicos, tais como ameaçar, chamar nomes, chantagear, contar segredos, levantar rumores, exclusão do grupo de pares, e pelo cyberbullying, que consiste na agressão psicológica contínua através das tecnologias de informação e comunicação, podendo perseguir as suas vitimas em qualquer hora e em qualquer lugar.

Estes alunos poderão enfrentar consequências físicas e emocionais a longo prazo, podendo causar dificuldades académicas, sociais, legais, baixa auto-estima e em casos mais extremos poderá levar ao suicídio. Devido a estas consequências e efeitos negativos é de extrema importância que as escolas não neguem que o problema existe e que se dissipe a noção, dos pais e educadores, de que este tipo de comportamento é uma parte normal do crescimento, que nem sempre são brincadeiras de "garotos", que quem é vítima nem sempre reconhece ou admite que o é e o agressor nem sempre é um aluno mais velho e mais forte.

Os locais que não têm a presença habitual de professores e/ou auxiliares são os mais propícios a que aconteçam comportamentos de bullying. Assim, este ocorre quando os professores e/ou auxiliares não podem ver ou interferir podendo ser exercidos na entrada e saída da escola, dentro do recinto escolar, corredores, casas de banho e sala de aula. Apesar de a maioria dos comportamentos de bullying ocorrerem na escola, a sua prevenção deverá centrar-se em toda a comunidade. Todos temos um papel importante a desempenhar, as crianças e jovens, a família, as escolas, a comunidade e os políticos.

Nota: Elaborado por Fátima Pereia, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografiada profissional da autoria de Dario Silva, foto do topo do texto obtida a partir do PortalBullying.