O bullying compreende todas as atitudes agressivas,
repetidas e intencionais, que ocorrem sem motivação que seja evidente, por um
ou mais alunos contra outro ou outros, exercido dentro de uma relação desigual
de poder, acabando por desencadear angústia e sofrimento nos elementos
envolvidos, agressores (alunos que tentam vitimizar os seus colegas), vítimas
(alunos expostos de forma repetida e durante algum tempo às agressões), e
testemunhas (alunos que não se envolvem, mantém-se em silêncio com receio de
serem as próximas vítimas do agressor).
Este tipo de atitudes agressivas podem assumir
diferentes formas, sendo por meios físicos, como por exemplo, bater ou
empurrar; meios verbais ou psicológicos, tais como ameaçar, chamar nomes,
chantagear, contar segredos, levantar rumores, exclusão do grupo de pares, e
pelo cyberbullying, que consiste na agressão psicológica contínua através das
tecnologias de informação e comunicação, podendo perseguir as suas vitimas em
qualquer hora e em qualquer lugar.
Estes alunos poderão enfrentar consequências
físicas e emocionais a longo prazo, podendo causar dificuldades académicas,
sociais, legais, baixa auto-estima e em casos mais extremos poderá levar ao
suicídio. Devido a estas consequências e efeitos negativos é de extrema
importância que as escolas não neguem que o problema existe e que se dissipe a
noção, dos pais e educadores, de que este tipo de comportamento é uma parte
normal do crescimento, que nem sempre são brincadeiras de "garotos",
que quem é vítima nem sempre reconhece ou admite que o é e o agressor nem
sempre é um aluno mais velho e mais forte.
Os locais que não têm a presença habitual
de professores e/ou auxiliares são os mais
propícios a que aconteçam comportamentos de bullying. Assim, este ocorre quando os professores e/ou auxiliares
não podem ver ou interferir podendo ser exercidos na entrada e saída da escola,
dentro do recinto escolar, corredores, casas de banho e sala de aula. Apesar de
a maioria dos comportamentos de bullying ocorrerem na escola, a sua prevenção
deverá centrar-se em toda a comunidade. Todos temos um papel importante a
desempenhar, as crianças e jovens, a família, as escolas, a comunidade e os
políticos.
Nota: Elaborado por Fátima Pereia, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografiada profissional da autoria de Dario Silva, foto do topo do texto obtida a partir do PortalBullying.
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