O consumo de sal na alimentação tem sido abordado
com alguma frequência, dando por vezes, a ideia errada de que o sal é o inimigo
invisível. No entanto, o sal como a grande maioria dos alimentos deve ser
consumido de forma controlada e moderada. Em Portugal, a quantidade de sal
presente na alimentação é sensivelmente o dobro daquela que é recomendada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), tornando-se por isso urgente começar a reduzir,
de forma progressiva, a quantidade de sal na alimentação.
A OMS recomenda um nível de consumo de sal de menos
de 5g por pessoa por dia para a prevenção de doença cardiovascular. Contudo, a
ingestão de sal na maioria dos países da Região Europeia está muito acima da
quantidade sugerida.
Existe evidência científica de que o atual consumo
elevado de sal em toda a Europa é um fator importante de hipertensão e por
conseguinte de doenças cardiovasculares, do aumento do risco do aparecimento de
determinados tipos de cancros, de sobrecarga do funcionamento renal e de uma
maior retenção de líquidos pelo organismo.
Portugal é um dos países da Europa que apresenta
uma maior taxa de mortalidade provocada por acidente vascular cerebral, sendo a
hipertensão arterial um dos fatores de risco mais relevantes. Na tentativa de
inversão desta problemática a Direcção-Geral de Saúde publicou no seu site
(www.dgs.pt), o relatório “Estratégia Nacional para a Redução do Consumo de Sal
na Alimentação em Portugal” e o documento informativo “Utilização de Ervas
Aromáticas & Similares na Alimentação”, que reforça a importância da
utilização de ervas aromáticas como substituto do sal.
A Direcção-Geral da Saúde consciente da importância
da redução do consumo de sal e da mais-valia das ervas aromáticas devido à sua
composição nutricional e funções que desempenham na saúde, recomenda, o uso
destas plantas na substituição do sal, uma vez que uma grande parte da
população desconhece muitas delas, bem como o seu modo de utilização e os seus
benefícios para a saúde.
A Organização Mundial da Saúde estabeleceu uma meta
de redução global no consumo de sal na dieta, e pediu a todos os países para
reduzir a ingestão média de sal na população para valores menores ou iguais a 5
g/dia, com o objetivo de reduzir o consumo de sal em 30% até 2025.
Vamos colaborar pela nossa saúde!
Nota: Elaborado por Fátima Pereira, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva. Imagem do topo da mensagem obtida a partir do site de imagens gratuitas morgueFile.
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