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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Doença dos Legionários

Estão a ser recolhidas e analisadas amostras de água de hospitais das cinco regiões de saúde, no âmbito do Programa de Intervenção Operacional de Prevenção Ambiental da Legionella (PIOPAL), revelou Fernando Almeida, Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge).

Este programa foi criado através do Despacho n.º 10285/2017, na sequência do surto ocorrido em novembro de 2017, no Hospital São Francisco Xavier.
O Presidente do Instituto Ricardo Jorge afirmou que, até ao final de 2018, serão alvo de intervenção todos os hospitais públicos, alguns privados e alguns centros de saúde. Em 2019 continuarão os trabalhos do programa, nomeadamente junto dos restantes privados e centros de saúde.
Até ao momento, já chegaram aos laboratórios amostras colhidas nos hospitais que as Administrações Regionais de Saúde consideraram prioritários, tendo sido abrangidas unidades de saúde localizadas nas cinco regiões.
Para Fernando Almeida, o principal objetivo do PIOPAL é «prevenir eventuais novos casos de surtos de legionella em ambiente de prestação de cuidados de saúde», salientando que se trata de um «programa de vigilância laboratorial» no âmbito do qual vai ser feito «um conjunto de avaliações analíticas nas águas das unidades», permitindo às administrações conhecer o estado das águas e corrigir o que for necessário.
O Instituto Ricardo Jorge é responsável por assegurar a vigilância laboratorial da qualidade da água, pesquisa e identificação da legionella, em todas as unidades de prestação de cuidados do Serviço Nacional de Saúde.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Doença dos Legionários

A doença dos legionários, que constitui um problema importante de saúde pública, é uma doença com período de incubação de 2 a 10 dias, sendo a pneumonia a manifestação clínica mais expressiva da infeção. Surge habitualmente de forma aguda podendo, nos casos mais graves, conduzir à morte. A sua manifestação inclui febre alta, arrepios e dores musculares. Cerca de metade dos doentes apresenta sintomas de ordem neurológica que se manifestam por desorientação, confusão, agitação, delírio e cerca de um terço desenvolve diarreia e vómitos. A doença transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água (aerossóis) contaminadas com a bactéria do género Legionella.  De salientar que, não se transmite de pessoa a pessoa, nem pela ingestão de água contaminada.
A bactéria do género Legionella, além de se encontrar nos ambientes aquáticos naturais (como lagos e rios), também pode colonizar os sistemas artificiais de abastecimento de água, incorporando-se nas redes prediais de água quente e fria e nos sistemas de arejamento, ventilação, aquecimento e climatização (AVAC), sempre que encontre as condições favoráveis à sua multiplicação. Estas condições incluem, por exemplo, a presença de nutrientes, formação de biofilmes, ocorrência de pontos mortos ou de estagnação de água na rede, temperaturas entre 20 e 50ºC e a presença de produtos resultantes da corrosão.
Os sistemas de ar condicionado/humidificadores estão muitas vezes associados a espaços fechados (não ventilados), proporcionando condições ótimas para o aparecimento da Legionella, especialmente os que recorrem a humidificação. Assim, caso possua estes sistemas recomendam-se as seguintes ações preventivas:
Mensalmente
  • Efetuar uma inspeção aos equipamentos, verificando o estado de limpeza dos filtros e realizar a sua limpeza caso se justifique;
  • Verificar o estado de sujidade da água, procedendo à sua renovação, recorrendo sempre que possível a sistemas de purga automáticos.
Trimestralmente
  • Limpar e desinfetar os filtros de ar. Em função das condições ambientais da zona envolvente e das instruções do fabricante, esta ação poderá ser mais frequente.   
Semestralmente
  • Desmontar os equipamentos e proceder à sua limpeza e desinfeção, pelo menos duas vezes ao ano, no início do Verão e no final da estação quente. Esta ação deverá ser realizada fora do período de funcionamento dos edifícios;
  • Os componentes amovíveis devem ser limpos e desinfetados com um pano húmido embebido em solução de cloro ativo, ou serem colocados numa solução com cloro ativo entre 20 a 30 mg/l durante 30 minutos.
Nota: Elaborado por Sílvia Silva, Técnica de Saúde Ambiental da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.