A
vacinação é reconhecida como um direito fundamental. A este propósito
relembramos palavras sábias de Nelson Mandela: “através da vacinação milhões de
crianças foram salvas e tiveram a possibilidade de viverem com mais saúde, mais
tempo e melhor, uma vez que foram maiores as hipóteses para aprender, brincar,
ler e escrever, sem sofrimento”.
Mandela
tinha razão.
É
verdade que os programas de vacinação universais promovem a equidade,
proporcionam igualdade de oportunidades, protegem a saúde e previnem doenças,
independentemente do género, da etnia, da cor da pele, da religião, do estatuto
social, dos rendimentos familiares ou das ideologias.
Este é o princípio seguido
pelo Programa Nacional de Vacinação, criado em Portugal há mais de 50 anos e,
desde então, gerido pela Direção-Geral da Saúde. Um exemplo de boas práticas e
de eficiência em políticas públicas. Para tal é assessorada pela Comissão
Técnica de Vacinação e por especialistas que acompanham os progressos, avaliam
e asseguram a revisão do Programa Nacional de Vacinação sempre que necessário.
É neste contexto, que em janeiro de 2017 se iniciou o novo esquema do Programa
Nacional de Vacinação, atualizado de acordo com a realidade portuguesa e
fundamentado em comprovação científica. Continua, naturalmente, com elevados
padrões de qualidade que sempre o caracterizaram.
Está, cientificamente
comprovado, que uma elevada cobertura vacinal permite imunizar quem é vacinado,
mas também evitar a propagação de doenças, uma vez que a imunidade de grupo
impede a circulação de agentes patogénicos; ressalta deste facto que todos, sem
exceção, devemos fazer a vacinação adequada à idade que temos.
O
Programa Nacional de Vacinação já mudou o perfil das doenças infeciosas em
Portugal:
- Reduziu a mortalidade infantil.
- Erradicou a varíola.
- Eliminou a paralisia infantil, a rubéola, o sarampo. (Recentemente tivemos casos de sarampo e rubéola, mas tudo indica que são casos importados e atualmente controlados).
Para
todos os efeitos o nosso Programa Nacional de Vacinação tem-se traduzido num
assinalável sucesso.
Podemos vacinar-nos nos centros de saúde, hospitais e outros serviços de
saúde devidamente autorizados. As vacinas que fazem parte do Programa Nacional
de Vacinação são gratuitas.
Finalizo com a seguinte frase:
A redução da mortalidade e o crescimento populacional
deve-se essencialmente a dois factos:
1º- Disponibilização de água potável às populações.
2º - Disponibilização de vacinas às populações.
Nota: Elaborado por Adérito Gomes, Adérito Gomes Enfermeiro Chefe com especialidade em Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional da autoria de Dario Silva. Fotografia do topo da notícia obtida a partir do banco de imagens grátis pixabay.
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