Segundo Lazure “a profissão de enfermagem é exigente”, pois requer que se ofereça ao utente e à sua família uma relação de ajuda com grande envolvimento emocional, tendo em conta que é o Ser Humano, em toda a sua força e vulnerabilidade, quem constitui o objecto da Enfermagem.
Não obstante o avanço da tecnologia, esta nunca poderá substituir o enfermeiro uma vez que só ele poderá oferecer serviços que englobam todas as dimensões do ser humano. Ser enfermeiro exige mais do que o simples saber, saber fazer, saber estar e saber ser, este também precisa saber sentir para que possa ajudar efectivamente o outro. Se, por um lado, a evolução tecnológica tem apelado à valorização da vertente tecnicista, por outro, o aumento da esperança de vida, com o consequente envelhecimento da população e o prolongamento de situações incuráveis (doenças crónicas), tem evidenciado a necessidade de cuidados mais relacionados com a área afectiva e relacional.
O enfermeiro é um elemento nuclear da equipe de saúde, na qual o utente se apoia na busca de informação, suporte emocional e satisfação de suas necessidades básicas. Este através da formação, experiência profissional e aplicação da inteligência emocional adquire competências emocionais importantes quer para si como profissional, quer para com o utente com o qual irá estabelecer uma relação de ajuda.
O autor Goleman refere-se à Inteligência Emocional como “a capacidade de a pessoa se motivar a si mesma e persistir a despeito das frustrações; de controlar os impulsos e adiar a recompensa; de regular o seu próprio estado de espírito e impedir que o desânimo subjugue a faculdade de pensar; de sentir empatia e de ter esperança.”
Reconhecer a importância da relação afectivo-emocional no desenvolvimento das competências relacionais é um passo essencial tanto para o desenvolvimento pessoal do enfermeiro, como para que este consiga concretizar de uma forma holistica e eficaz, a essência da sua profissão o “Cuidar”.
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