Páginas

Mostrar mensagens com a etiqueta Enfermeiros. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Enfermeiros. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dia mundial do enfermeiro

No dia 12 de Maio comemorou-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, que foi um marco importante para a enfermagem moderna e que nasceu a 12 de Maio de 1820.

Segundo Lazure “a profissão de enfermagem é exigente”, pois requer que se ofereça ao utente e à sua família uma relação de ajuda com grande envolvimento emocional, tendo em conta que é o Ser Humano, em toda a sua força e vulnerabilidade, quem constitui o objecto da Enfermagem.

Não obstante o avanço da tecnologia, esta nunca poderá substituir o enfermeiro uma vez que só ele poderá oferecer serviços que englobam todas as dimensões do ser humano. Ser enfermeiro exige mais do que o simples saber, saber fazer, saber estar e saber ser, este também precisa saber sentir para que possa ajudar efectivamente o outro. Se, por um lado, a evolução tecnológica tem apelado à valorização da vertente tecnicista, por outro, o aumento da esperança de vida, com o consequente envelhecimento da população e o prolongamento de situações incuráveis (doenças crónicas), tem evidenciado a necessidade de cuidados mais relacionados com a área afectiva e relacional.

O enfermeiro é um elemento nuclear da equipe de saúde, na qual o utente se apoia na busca de informação, suporte emocional e satisfação de suas necessidades básicas. Este através da formação, experiência profissional e aplicação da inteligência emocional adquire competências emocionais importantes quer para si como profissional, quer para com o utente com o qual irá estabelecer uma relação de ajuda.

O autor Goleman refere-se à Inteligência Emocional como “a capacidade de a pessoa se motivar a si mesma e persistir a despeito das frustrações; de controlar os impulsos e adiar a recompensa; de regular o seu próprio estado de espírito e impedir que o desânimo subjugue a faculdade de pensar; de sentir empatia e de ter esperança.”

Reconhecer a importância da relação afectivo-emocional no desenvolvimento das competências relacionais é um passo essencial tanto para o desenvolvimento pessoal do enfermeiro, como para que este consiga concretizar de uma forma holistica e eficaz, a essência da sua profissão o “Cuidar”.

Para dúvidas, sugestões ou comentários, não hesite em utilizar o endereço de correio electrónico usp@csbarcelinhos.min-saude.pt.

Nota: Elaborado por Fátima Pereira, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

12 de Maio – Dia Mundial do Enfermeiro

A data é comemorada mundialmente a 12 de Maio, aniversário de Florence Nightingale, fundadora da Enfermagem moderna, nascida a 12 de Maio de 1820 e cujo contributo para a Enfermagem actual foi essencial.

Florence Nightingale destacou-se durante a guerra da Crimeia (1854) ao transformar o modo de funcionamento do hospital militar do exército inglês na Turquia, e ao introduzir mudanças na prestação de cuidados de saúde. Melhorou as condições sanitárias e de higiene e qualidade de vida dos soldados. Em apenas dois anos, e juntamente com uma equipa de enfermeiras, conseguiu reduzir significativamente a taxa de mortalidade do hospital provando a importância da profissão.

Em 1860 fundou a primeira escola de Enfermagem no St. Thomas Hospital, em Londres.

A Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência, cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico. A Enfermagem é desenvolvida de forma autónoma ou em equipa promovendo a protecção, prevenção e recuperação da saúde.

Os Enfermeiros são, de entre os profissionais de saúde, aqueles que estão 24 sobre 24 horas a prestar cuidados aos doentes/utentes.

Segundo Fernando Moreno, a comemoração do Dia Internacional do Enfermeiro é “uma oportunidade para as organizações reflectirem sobre os principais anseios e dificuldades desta classe profissional” e de “dar a conhecer a evolução da Enfermagem à população em geral”.

A Actual Ministra da Saúde, Ana Jorge, reconhece, nos Enfermeiros, um desempenho técnico e científico e as demais qualidades humanas que só os Enfermeiros são capazes de proporcionar aos doentes/utentes, mas…!?

O nosso primeiro-ministro defende a qualificação dos trabalhadores Portugueses para aumentar a competitividade, tendo adoptado medidas para esse efeito…Será que essa qualificação se vai reflectir nas remunerações?

Os profissionais de Enfermagem são altamente qualificados, técnica e cientificamente, e são mal remunerados... Em contrapartida estão a ser solicitados para trabalhar no estrangeiro, mas a ser pagos condignamente. Para que queremos profissionais qualificados? Para trabalharem no seu país ou no estrangeiro?

Nos últimos tempos temos observado algumas convulsões no seio da Enfermagem, por razões de equiparação aos demais licenciados da função pública.

Várias iniciativas se vão desenvolver a nível mundial para efeito da divulgação da importância da Enfermagem nos sistemas de saúde nacionais. A minha prestação é a edição deste artigo. Espero que seja um alerta para a comunidade em geral e para os governantes em particular.

Nota: Elaborado por Adérito Gomes, Enfermeiro Chefe com especialidade em Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado no Jornal de Barcelos em 2010/05/12.