“Criar cumplicidades, sentir prazer, corar com um olhar, comunicar (partilhar) o prazer, abrir-se ao desejo. Amaciar os gestos, julgar com o corpo, respeitar a companhia, dar-se na dança. Estimar. Estimar-se. Acompanhar-se na ternura e no prazer.”
A sexualidade é uma parte inseparável da própria vida.
Deve ser uma fonte de comunicação e prazer, uma forma de expressar a afectividade e um processo de descoberta para si próprio e na relação com os outros. Encaremos que também pode implicar uma actividade reprodutora, que é desejável assumir de uma forma livre e responsável.
É uma dimensão humana demasiado importante para ficar à margem de uma educação completa e integral:
• Porque valoriza uma das dimensões físicas e psíquicas do indivíduo que maior influência tem sobre os outros. Sabe-se que a nossa percepção da sexualidade se inicia nos primeiros tempos de vida, repercutindo-se na compreensão e aceitação do próprio corpo, na capacidade de comunicar e estabelecer relações afectivas com os outros.
• Porque contribui para o desaparecimento de mitos, tabus e preocupações, com consequências desagradáveis, que resultam da ignorância e da falta de informação.
• Porque contribui para assegurar o progresso psicológico do adolescente. Favorece uma personalidade humana, sexual e socialmente responsável, livre e espontânea.
Se considerarmos que a educação sexual é um conjunto de vivências, de aprendizagens, de desenvolvimentos físicos e psíquicos, sensoriais e sensuais que se acumulam com o tempo, desde o nascimento, e sobre os quais actua o meio familiar, o ambiente, a escola, os contactos pessoais, a cultura e a hereditariedade, torna-se evidente a responsabilidade de todos nós, como intervenientes neste processo.
Nota: Elaborado por Aristides Sousa, Médico de Saúde Pública e Coordenador da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende e publicado na edição de 10/03/2010 do Jornal de Barcelos.
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