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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Auto-estima

Auto-estima é a percepção que cada um tem de si mesmo em termos mais afectivos, esta resulta de um longo processo, determinado por um inúmeras experiências que surgem na sequência do contacto com diferentes contextos. A família, a escola, a sociedade em geral dão-nos permanentemente informações que são usadas na construção da imagem que cada um faz de si próprio.


Os comentários, os êxitos, os fracassos, a educação parental, os valores e modelos sociais são algumas das pistas que vão sendo transmitidas à criança e que contribuem decisivamente para que esta vá construindo uma imagem mais ou menos positiva de si mesma. A família não é a única responsável nesta construção, mas coloca nela "tijolos muito decisivos".
As crianças precisam sentir que os pais os amam incondicionalmente, mesmo quando estabelecem limites (que naturalmente serão questionados pelas crianças e jovens), quando dizem “não”ou quando os filhos cometem erros, e que estas posturas são acompanhadas de uma explicação ou reflexão conjunta e que em algumas situações, possam ser negociadas.
Se quer contribuir para que o seu filho construa uma auto-estima positiva, então procure dar importância aos aspectos abaixo descritos:
Valorize os progressos que o seu filho vai fazendo, sobretudo se for uma área em que ele apresenta dificuldades; orgulhe-se pelo seu filho ser como é; deve elogiá-lo pelas grandes e pequenas vitórias. Não compare o seu filho com o primo ou com o irmão, ele é um ser único, apenas pode ser comparado com ele mesmo. Ajude-o a relativizar os insucessos e a tentar encontrar razões explicativas para estes terem surgido.
Se o seu filho é demasiado exigente com ele próprio, ajude-o a definir metas menos ambiciosas, pois o perfeccionismo é um grande inimigo da felicidade, porque os resultados obtidos, são sempre abaixo daquilo que para ele seria desejável.
Deixe-o brincar, pois desta forma também está a contribuir de forma importante no desenvolvimento de sentimentos positivos, no que se refere à imagem dele próprio. Ao brincar a criança explora os seus limites, ao mesmo tempo que desenvolve relações comportamentais e afectivas de uma forma suave e divertida, desenvolvendo uma relação consigo e com os outros.
A felicidade das crianças passa pelo amor, não pelos bens materiais. Há que estimular a criança mais para o ser do que para o ter - assim desenvolverá competências emocionais e pessoais que a ajudarão toda a vida a construir mais momentos de felicidade.
Nota: Elaborado por Fátima Pereira, enfermeira de saúde comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.

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