A importância do cancro da mama deve-se à sua frequência e à sua mortalidade, constituindo um problema de saúde pública.
Nos países europeus, calcula-se que uma mulher em cada onze virá a contrair o cancro da mama.
Apesar dos progressos no diagnóstico precoce e no tratamento, a sobrevida após dez anos é de 50%. A incidência é variável de país para país e aumenta nos países industrializados, atingindo sobretudo as mulheres após a menopausa.
A taxa de mortalidade tem-se mantido estável, o que significa uma melhoria na sobrevida que poderá ser devida a detecção mais precoce aliada a eficácia dos tratamentos.
O cancro da mama é o tipo de doença oncológica mais comum entre as mulheres e corresponde a segunda causa de morte por cancro na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficácia (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia). Embora menos frequente, pode atingir também o homem.
A incidência aumenta com a idade, revelando dois picos na distribuição etária, o primeiro vai dos 45 aos 48 anos e o segundo dos 65 aos 75 anos.
Estudos epidemiológicos têm contribuído para um maior conhecimento desta doença.
Para prevenir o cancro da mama há que conhecer os seus factores de risco como:
- Mulheres que tenham familiares directos (mãe e/ou irmã) com cancro da mama têm maior probabilidade de virem a sofrer da doença.
- Estilos de vida não saudáveis relacionados com o sedentarismo, alimentação com excesso de gorduras e açucares que rapidamente conduz à obesidade. Evitar o ganho de peso principalmente na menopausa. A alimentação deve ser rica em vitamina A.
- Primeira menstruação cedo e menopausa tardia.
- Primeira gestação após os 30 anos ou não ter filhos.
- Idade acima dos 50 anos.
- Tabagismo.
Nem todos estes factores de risco são possíveis de alterar mas muitos deles são possíveis de evitar, contribuindo para a prevenção desta doença.
Todas as mulheres após os 20 anos devem aprender e fazer mensalmente o auto-exame das mamas. O 1º exame clínico das mamas deve ser realizado aos 20 anos e repetido a cada 3 anos até os 40 anos. A partir daí anualmente. A 1ª mamografia de ser realizada aos 35 anos, repetida aos 40 anos e a partir daí anualmente.
Impossível de evitar, toda a nossa acção está centralizada na sua prevenção, no diagnóstico cada vez mais precoce e em novas formas de tratamentos.
É muito importante ter atenção aos factores de risco assim como exame clínico, auto-exame e mamografia.
No entanto se notar alguma alteração no auto-exame da mama, que lhe suscite dúvidas contacte o seu médico assistente. Mais vale prevenir...
Nota: Elaborado por Ancila M. Brás Gomes, Médica de Saúde Pública da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.
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