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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação e Seca

Hoje relembramos o Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação e Seca (17 de Junho).

Segundo a Convenção de Combate à Desertificação das Nações Unidas, esta é definida como “a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-húmidas secas, resultante de vários factores, entre eles as variações climáticas e as actividades humanas”. Actualmente é do consenso da comunidade científica que este fenómeno pode ocorrer de facto, não só nas regiões referidas, mas também em qualquer lugar, mas algumas localizações são mais vulneráveis que outras.

As principais causas desta desertificação, estão associadas ao uso inadequado do solo (sobrecultivos, sobrepastoreios, incêndios e a desflorestação), à má utilização da água que destrói os recursos e às alterações climáticas com a sua sazonalidade pronunciada e precipitação irregular. Mas é a cultura e o comportamento humano que fazem com que a desertificação aconteça através do desenvolvimento económico guiado pelo consumismo e a falta de consciência acerca do impacto que tem no Ambiente e nas infra-estruturas sociais. Sabemos que com a formação de zonas áridas, a temperatura aumenta e o nível de humidade do ar diminui, tornando o solo infértil. Este facto prejudica a agricultura, havendo assim uma menor produção de alimentos, o que aumenta a fome e a pobreza. Por outro lado a formação de áreas desertas também extingue a vida a espécies animais e vegetais, favorecendo o processo de erosão do solo. A saúde também pose ser afectada com problemas respiratórios (mais poeiras) e desidratações.

Nas últimas décadas temos assistido a um aumento do processo de desertificação no mundo. As principais áreas atingidas são: oeste da América do Sul, Oriente Médio, sul de África, noroeste da China, sudoeste dos Estados Unidos, Austrália e sul da Ásia. Calcula-se que já atinge um terço das áreas continentais da Terra. Na Europa ela atinge essencialmente os países do Sul. Em Portugal é no interior do Algarve e o Alentejo que ela é mais evidenciada devido a alguns factores entre eles a grande pressão hidrográfica por falta de chuvas, a prática agrícola excessiva no Alentejo e a existência de demasiadas infra-estruturas turísticas no Algarve.

Há que reflectir a nossa forma de agir! Urgentemente há necessidade de saber gerir a terra e o solo, tanto a nível global como local. Temos que pensar na terra como um “bem imobiliário“que pode gerar riqueza tanto para nós como para todos. O custo de nada fazer será a degradação da Terra, tornando-se impossível o habitat para as gerações futuras, nossos filhos e netos vindouros.
Para dúvidas, sugestões ou comentários, não hesite em utilizar o endereço de correio electrónico usp@csbarcelinhos.min-saude.pt.

Nota: Elaborado por Luísa Dantas, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende e publicado no Jornal de Barcelos a 29/06/2011. Fotografia de Dario Silva.

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