A celebração do Dia Mundial da Diabetes, tem como finalidade primária chamar a atenção das entidades oficiais, dos profissionais de saúde, da comunicação social e da comunidade em geral para a problemática da diabetes.
A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.
A Diabetes é uma doença que afecta mais de 900 mil pessoas em Portugal. Associada à Diabetes surgem graves implicações a nível cardiovascular e renal. É também a ela que se deve um elevado número de amputações dos membros inferiores e cegueira. Uma das formas mais eficazes de prevenir e controlar a doença é praticar exercício físico e manter uma dieta equilibrada.
De acordo com o sugerido pela Federação Internacional de Diabetes (I.D.F.), que tem sido a dinamizadora do evento a nível mundial, o tema versado este ano foi "Os Custos da Diabetes", a avaliar sob diversas perspectivas, nomeadamente a económica. Os custos directos e indirectos dos serviços de saúde e os suportados pelas pessoas com diabetes, os custos sociais, os custos individuais (não económicas) e os custos inerentes às alterações que a doença acarreta em termos de qualidade de vida.
A diabetes é uma doença em franco crescimento epidemiológico, (quase um crescimento epidémico) tanto nos países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento, que afecta maioritariamente as pessoas em idades economicamente activas. Por outro lado, as características da doença em si mesma, nomeadamente a sua incurabilidade, a necessidade de tratamento e auto vigilância glicémica diárias, consultas e exames complementares frequentes, aumento de internamentos hospitalares e a capacidade de induzir complicações tardias invalidantes, com inevitável absentismo laboral, surgem como componente inevitável de aumento da gastos económicos a nível dos orçamentos da saúde nacionais e individuais.
A diabetes é cada vez mais frequente nas crianças e adolescentes, pelo que a médio prazo os efeitos económicos serão ainda muito mais evidentes do que actualmente. A única maneira de travar este crescendo exponencial de gastos, passa pela prevenção da doença, o seu diagnóstico precoce, pela optimização do seu tratamento quer da doença quer das complicações, (o que implica a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de locais assistenciais específicos) e pela comparticipação o mais alargada possível dos materiais necessários para tratamento e auto vigilância eficazes.
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