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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Crescer a brincar: Um direito fundamental

A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-primeiro ano de vida de uma pessoa. É marcado por um grande desenvolvimento físico, um crescimento gradual da altura e do peso da criança – especialmente nos primeiros três anos de vida e puberdade. Mais do que isto, é um período onde o ser humano se desenvolve psicologicamente, envolvendo mudanças graduais no comportamento e na aquisição das bases da sua personalidade.

A infância é vivida intensamente, tudo é novo e interessante, por isso os pais precisam estar atentos para evitar os acidentes. Correr, pular, andar de bicicleta, ficar horas dentro da piscina, na escola, em casa ou no parque é o que as crianças querem. Uma infância saudável é feita de brincadeiras, descobertas, muita diversão e constitui um direito básico.

Mas é sempre bom lembrar que as mesmas actividades que fazem a alegria das crianças, podem muitas vezes, apresentar riscos e ameaças à segurança dos seus filhos. As quedas, queimaduras, afogamentos ou por exemplo, acidentes causados pela ingestão de peças pequenas podem causar asfixia e outras complicações, são causas frequentes de lesões graves, irreversíveis, invalidez e mesmo de morte na infância, um sofrimento que é possível evitar tomando as devidas precauções.

Os acidentes podem ser evitados se considerarmos as características físicas e psicológicas da criança e as características do ambiente. Pais e educadores têm um papel primordial nisso. Devido ao seu alto grau de curiosidade e à necessidade de testar capacidades e habilidades conquistadas, que fazem parte do seu crescimento, as crianças acabam sendo vítimas de objectos e circunstâncias do dia-a-dia, seja qual for a idade.

Não se limite a proibir as crianças de fazerem isto ou aquilo, deve procurar ensiná-las e alertá-las para os riscos que certos actos envolvem, para que elas possam desenvolver a noção do que é o perigo e do que são comportamentos perigosos, mesmo quando estas são pequenas. A explicação requer muita paciência e sobretudo, dê o exemplo, as crianças imitam os adultos.

Sempre que necessário, explique à criança porque é que as suas acções lhe são permitidas a si e a ela não, apontando razões de idade, capacidade, responsabilidade, segurança, etc. São gestos simples, mas salvam vidas. E como diz o ditado: Mais vale prevenir... E sobretudo não se esqueça: crescer bem é crescer a brincar.

Nota: Elaborado por Fátima Pereira, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende

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