
Quanto mais cedo optarmos por um estilo de vida saudável mais protegidos estaremos de determinadas doenças e estamos a contribuir para a diminuição do risco de obesidade, hipertensão, osteoporose, doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de cancro e outras.
A obesidade infantil está associada, salvo raras excepções, principalmente a ingestão alimentar não equilibrada e à falta de exercício.
Contribuem para a obesidade alguns factores de risco, tais como:
- Dieta – Uma alimentação regularmente muito calórica como o fast-food, snacks, doces, produtos das máquinas de distribuição automática, alimentos com muita gordura e bebidas ricas em açúcar.
- Sedentarismo – Nos tempos que correm as nossas crianças passam grande parte dos tempos livres a ver televisão ou a jogar no computador, actividades que pouco contribuem para gastar calorias.
- Familiares/sociais – Famílias com baixos rendimentos, famílias com baixa escolaridade, a disponibilidade alimentar familiar, que é da responsabilidade dos pais.
- Factores psicológicos – Uma família com tendência para comer demasiado, de forma a superar problemas, transmite esta tendência para os filhos.
- Genética – Se a família tem problema de excesso de peso, pode haver predisposição genética.
As crianças obesas podem desenvolver várias doenças que se agravam com o avançar da idade, tais como, síndrome metabólico, diabetes II, hipertensão, alterações do sono, alterações no desenvolvimento pubertário, asma e outros.
A família com uma criança com excesso de peso/obesidade, deve desenvolver estratégias proactivas, ser um exemplo na alimentação, confeccionar dietas saudáveis, não tecer criticas, elogiar sempre que a criança se alimenta adequadamente e fazer com que a criança se sinta amada e querida.
Para terem um crescimento correcto e saudável, as crianças necessitam de calorias e nutrientes extra, mas que tem de estar em harmonia com as necessidades diárias. Deste equilíbrio resulta o peso normal para a idade.
A família deve conhecer os alimentos quanto á sua constituição nutricional e adequar a quantidade diária e a confecção, tendo como base a roda dos alimentos. As refeições devem respeitar as seguintes indicações:
- Utilizar alimentos de qualidade, limpos e frescos;
- Tomar sempre o pequeno-almoço;
- Incluir alimentos de todos os sectores da Roda dos Alimentos, nas proporções por ela sugeridas;
- Variar o mais possível os alimentos;
- Não passar mais de três horas e meia sem comer;
- Evitar alimentos com muito sal;
- Evitar alimentos açucarados (bolos, rebuçados, refrigerantes, etc.);
- Evitar os fritos ou ementas com muita gordura;
- Consumir diariamente leite ou derivados;
- Comer pelo menos três peças de fruta por dia;
- Consumir produtos hortícolas, no prato ou em saladas, com abundância;
- Comer leguminosas (feijão, grão) pelo menos duas vezes por semana;
- Consumir diariamente sopa;
- Preferir pão escuro (mistura de centeio e trigo), do tipo saloio ao pão mais branco (trigo);
- Comer peixe pelo menos quatro vezes por semana;
- Evitar consumir bebidas alcoólicas (interdito ás crianças e adolescentes);
- Beber líquidos em abundância (água simples, limonada ou refrescos sem açúcar e infusões de ervas).
A actividade física ajuda a gastar energia, a fortalecer os músculos e os ossos.
Andar a pé, subir escadas, ir às compras ou praticar outra actividade que o faça mexer-se contribui para o bem-estar físico e emocional e ajuda na capacidade de concentração, tais como andar de bicicleta, fazer jogos ao ar livre, se possível ir para a escola a pé, fazer natação, etc. Ideal seria caminhar 1 hora/dia, no ritmo que melhor se tolere.
Sem comentários:
Enviar um comentário