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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Mais de três mil casos de asma nas crianças portuguesas ligados à poluição rodoviária


Investigadores estimam que, em Portugal, surjam todos os anos mais de três mil casos de asma nas crianças associada à poluição rodoviária. O estudo publicado na revista científica "The Lancet Planetary Health" é o primeiro a quantificar o impacto da poluição do ar na doença asmática pediátrica e foi realizado em 194 países.
De acordo com o estudo, 92% dos novos casos de asma pediátrica têm origem em zonas que já cumprem os limites de emissão deste gás.


Uma conclusão que leva os investigadores a sugerir a revisão do teto definido pela Organização Mundial de Saúde para a emissão de dióxido de azoto que tem nos carros a gasóleo uma das principais fontes.

Em todo o mundo, os investigadores concluem que, por ano, surgem quatro milhões de novos casos de asma entre os jovens até 18 anos. Corresponde a cerca de 13% do total de jovens, mas há zonas do globo onde a prevalência da doença é maior, tal como os níveis de poluição detetados: o caso de oito cidades na China, Moscovo e Seul. Por cá, os novos casos de asma entre os jovens chegam aos 40%.

A autora principal deste estudo, estima que, no caso de Portugal, todos os anos surjam 3200 novos casos de asma associados à poluição rodoviária.
Para esta estimativa os investigadores cruzaram os indicadores de poluição ambiental, concentrações de dióxido de azoto e incidência de asma na população com menos de 18 anos.
Na leitura destes dados, a investigadora conclui que Portugal até é um dos casos menos problemáticos.

O que podem, afinal, os pais fazer para evitar que os filhos desenvolvam esta doença? Os autores do estudo sugerem que sejam evitadas as zonas de maior tráfego rodoviário, mas lembram que a resolução do problema vai muito além das decisões individuais.

Rita Gerardo, pneumologista no Hospital de Santa Marta e responsável na Sociedade Portuguesa de Pneumologia confirma que estão a aparecer cada vez mais crianças, mas também adultos com esta patologia.

A especialista em asma explica que se pode associar o aparecimento de novos casos à poluição do meio ambiente e não fica surpreendida com o resultado do estudo agora conhecido.

"A incidência da asma nas crianças tem vindo a aumentar. Atualmente, as sociedades científicas relacionadas com a medicina respiratória dão cada vez mais importância aos efeitos da poluição respiratória. Não fico admirada em relação a este estudo", explicou Rita Gerardo.


Fonte: TSF e Direção-Geral da Saúde

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dia Mundial da Asma

No dia 3 de Maio comemorou-se o Dia Mundial da Asma, uma iniciativa da GINA – Iniciativa Global para a Asma, que congrega prestadores de cuidados de saúde com o objectivo de divulgar e informar sobre esta doença e melhorar os cuidados de saúde em todo o mundo. O dia mundial da asma foi celebrado pela primeira vez em 1998.
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que, em indivíduos susceptíveis, origina episódios recorrentes de pieira, dispneia (dificuldades na respiração), aperto tóraxico e tosse, particularmente nocturna ou no princípio da manhã.
A asma é muito frequente sobretudo nos países industrializados. Estudos feitos a nível internacional indicam que no mundo inteiro mais de 150 milhões de pessoas sofrem de asma. Em Portugal os cálculos apontam para mais de 600 000 pessoas ou seja 1 em cada 15 portugueses sofre de asma. A asma afecta mais as crianças e os adolescentes o que significa que em muitos casos desaparece com a idade. Quem conhece o mecanismo da asma e toma todas as medidas para evitar crises, consegue melhoras e até pode contribuir para que desapareça. Há muitos factores que podem provocar asma. Como por exemplo os ácaros (bichinhos microscópicos que existem no pó das casas e se alojam nas alcatifas, nos colchões, nos lençóis e cobertores), fumo do tabaco, o pêlo dos animais, as penas dos pássaros, o pólen (sobretudo na Primavera), a poluição atmosférica, tintas e produtos com cheiros intensos.
Além de seguir os conselhos do médico, é importante estar alerta e, sempre que surja uma crise, procurar saber que factor ou factores podem tê-la desencadeado e tirar conclusões. Os especialistas consideram haver quatro graus de asma. Seja qual for o grau de asma, as pessoas devem consultar o médico e seguir as prescrições que o médico indicar, para evitar crises graves que podem surgir nas quatro situações. Para controlar a asma é indispensável conhecer os factores a que se é sensível e evitá-los.
Em caso de surgirem os sinais de crise devem seguir as indicações médicas. Se a crise persistir a solução é procurar o serviço de urgência onde há todos os recursos necessários para controlar crises de asma. Nas famílias em que há crianças asmáticas a atenção e os cuidados devem ser redobrados.
 Nota: Elaborado por Amâncio Ferreira, Técnico de Saúde Ambiental da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.