Consome água do seu poço? Sabe se essa água está apta
para ser consumida? Sabe quais são os riscos que a sua saúde pode estar a
enfrentar ao ter um comportamento como esse?
Com o aumento das tarifas no que diz respeito à água,
a população tende a consumir a água proveniente de furos, minas, poços e nascentes,
muitas vezes sem saber se é própria para consumo podendo a qualidade destas
águas ser preocupante para a saúde da população.
Muitos
contaminantes não têm sabor, cheiro nem cor, não sendo por isso detetáveis pelo
consumidor, a sua presença só pode ser determinada por testes laboratoriais. Segundo
um estudo feito pelo instituto Ricardo Jorge os distritos do Porto, Lisboa,
Aveiro, Santarém, Portalegre, Évora e Beja apresentam valores de nitratos mais
elevados, o que indica que terrenos agrícolas próximos dos pontos de colheita
da água estão provavelmente contaminados devido às práticas agrícolas. Isto
constitui um fator que justifica o comprometimento da qualidade da água
subterrânea utilizada para consumo humano.
Alguns dos contaminantes da água estão nela naturalmente
devido às rochas e solo, isto inclui contaminantes como bactérias, radão (gás radioativo
natural), urânio, entre outros. Por outro lado, estudos revelam que o alumínio
para além de conferir sabores à água, pode ser associado à doença de Alzheimer.
As pessoas com a doença de Wilson devem ter especial atenção na água consumida,
pois elas não conseguem eliminar o cobre do seu organismo mesmo que em pequenas
concentrações, levando à sua acumulação no organismo e em consequência
intoxicação por cobre. Relativamente aos nitritos, quando ingeridos podem
transformar-se em nitratos e favorecer a metahemoglobinemia, isto é, existe a
conversão da hemoglobina em metahemoglobina sendo esta incapaz de se ligar ao
oxigénio, não o transportando para os diversos tecidos. Assim, a pele começa
por ficar azulada e as dores de cabeça são frequentes. Em relação à presença do
chumbo na água, este pode provocar saturnismo ou intoxicação por chumbo,
podendo assim ocorrer náuseas e vómitos.
Por isso, tenha em atenção: uma água
transparente não é sinónimo de uma água salubre e própria para consumo! Assim,
para não correr riscos, deverá optar pelo consumo de água da rede, pois esta é
tratada e devidamente controlada.
Nota: Elaborado por Adriana Silva, Estagiário do 3.º ano da
Licenciatura em Saúde Ambiental a realizar Estágio Curricular Supervisionado em
Saúde Ambiental na Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia da
aluna da autoria da própria. Fotografia do topo da notícia obtida a
partir do banco de imagens grátis MorgueFile.
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