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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dia Internacional do Idoso

O primeiro dia do mês de outubro foi designado pela ONU (Organização das Nações Unidas) desde 1991, como o Dia Internacional do Idoso, com o objetivo de se refletir tendo em vista a promoção e protecção dos seus direitos e dificuldades. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2000 havia 600 milhões de idosos no mundo, prevendo-se a sua duplicação em 2025. O envelhecimento continua a ser visto como uma desvalorização, diria mesmo que os idosos são socialmente excluídos; por isso cabe-nos contribuir para a construção de uma nova imagem associada ao envelhecimento – em termos populares, diz-se que os idosos são novamente crianças, então vamos dar-lhes o mesmo valor.
À medida que a ciência, nomeadamente a medicina se vai desenvolvendo, a sobrevida humana vai também aumentando – no Japão já existem mais de 50 mil pessoas com mais de 100 anos, o que é extraordinário, mas em contrapartida este facto deve fazer-nos refletir sobre o futuro, nomeadamente na qualidade de vida dos idosos. Devemos começar a exigir novas políticas de proteção social.
O envelhecimento populacional é um triunfo do desenvolvimento social e da saúde pública, mas paradoxalmente, nos tempos que correm, Portugal incluso, mais parece tratarem-se de empecilhos sociais, depois de terem dado toda uma vida ativa em prol do desenvolvimento e da preservação da qualidade de vida do seu país. Dizer-se que os idosos são importantes, que devem continuar com uma vida ativa, que representam o passado, o presente e o futuro, porque a sua experiência de vida e o seu saber contribuem e/ou constituem a ligação vital para o desenvolvimento de qualquer sociedade, não é suficiente nem faz do final da vida, um final feliz, mas o que fazemos na prática para esse fim?
A necessidade abrupta de conseguirmos melhores condições de vida, leva-nos ao esquecimento dos nossos idosos; relegamo-los para o último lugar, para a solidão; esquecemo-nos que foram eles que nos criaram, acarinharam, educaram, sustentaram e se somos o que somos muito devemos aos nossos idosos.
Para terminar, gostava que o leitor pense que quando escrevemos ou verbalizamos a palavra “IDOSO/A” estamos quase sempre a dizer Pai ou Mãe e nos tempos que correm, para muitos será Super Pai e Super Mãe.

Nota: Elaborado por Adérito Gomes, Adérito Gomes Enfermeiro Chefe com especialidade em Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia da profissional da autoria de Dario Silva. Fotografia do topo da notícia obtida a partir do banco de imagens grátis MorgueFile.

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