O primeiro dia do mês de outubro foi designado pela
ONU (Organização das Nações Unidas) desde 1991, como o Dia Internacional do
Idoso, com o objetivo de se refletir tendo em vista a promoção e protecção dos
seus direitos e dificuldades. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em
2000 havia 600 milhões de idosos no mundo, prevendo-se a sua duplicação em
2025. O envelhecimento continua a ser visto como uma desvalorização, diria
mesmo que os idosos são socialmente excluídos; por isso cabe-nos contribuir
para a construção de uma nova imagem associada ao envelhecimento – em termos
populares, diz-se que os idosos são novamente crianças, então vamos dar-lhes o
mesmo valor.
À medida que a ciência, nomeadamente a medicina se
vai desenvolvendo, a sobrevida humana vai também aumentando – no Japão já
existem mais de 50 mil pessoas com mais de 100 anos, o que é extraordinário,
mas em contrapartida este facto deve fazer-nos refletir sobre o futuro,
nomeadamente na qualidade de vida dos idosos. Devemos começar a exigir novas
políticas de proteção social.
O
envelhecimento populacional é um triunfo do desenvolvimento social e da saúde
pública, mas paradoxalmente, nos tempos que correm, Portugal incluso, mais
parece tratarem-se de empecilhos sociais, depois de terem dado toda uma vida
ativa em prol do desenvolvimento e da preservação da qualidade de vida do seu
país. Dizer-se que os idosos são importantes, que devem continuar com uma vida
ativa, que representam o passado, o presente e o futuro, porque a sua
experiência de vida e o seu saber contribuem e/ou constituem a ligação vital
para o desenvolvimento de qualquer sociedade, não é suficiente nem faz do final
da vida, um final feliz, mas o que fazemos na prática para esse fim?
A necessidade abrupta de conseguirmos melhores
condições de vida, leva-nos ao esquecimento dos nossos idosos; relegamo-los
para o último lugar, para a solidão; esquecemo-nos que foram eles que nos
criaram, acarinharam, educaram, sustentaram e se somos o que somos muito devemos
aos nossos idosos.
Para terminar, gostava que o leitor pense que
quando escrevemos ou verbalizamos a palavra “IDOSO/A” estamos quase sempre a
dizer Pai ou Mãe e nos tempos que correm, para muitos será Super Pai e Super Mãe.
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