Páginas

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Programa Nacional de eliminação do Sarampo

A vacinação organizada contra o sarampo em Portugal iniciou-se em 1973. Trata-se de uma das infeções virais mais contagiosas, transmitindo-se pessoa a pessoa, por via aérea, através de gotículas ou aerossóis.

Habitualmente a doença é benigna mas, em alguns casos, pode ser grave ou mesmo fatal. As pessoas não vacinadas e que nunca tiveram sarampo têm uma elevada probabilidade de contrair a doença se forem expostas ao vírus.

O sarampo é uma doença com possibilidade de eliminação dada a sua transmissão exclusivamente inter-humana e a existência de uma vacina eficaz e segura.

Assim, no âmbito do Programa Nacional de Eliminação do Sarampo, o objetivo da vacinação é diminuir o número de indivíduos e de bolsas de população suscetíveis, de modo a impedir a circulação do vírus.

O Programa Nacional de eliminação do Sarampo define as estratégias a serem implementadas, consolida os objetivos e orienta a sua operacionalização através de ações aos vários níveis de cuidados, pelo que os utentes do Serviço Nacional de Saúde devem informar-se junto dos Enfermeiros e Médicos de Família o que devem fazer para se vacinarem, ficando assim protegidos contra o Sarampo.

As orientações da Direção Geral de Saúde recomendam  a vacinação das pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, nascidas a partir de 1970, sem história credível de sarampo, e devem fazer, pelo menos, uma dose de vacina contra o sarampo (VAS-vacina anti sarampo ou VASPR-vacina anti sarampo, papeira e rubéola). Não é necessária a vacinação dos nascidos antes de 1970, exceto se houver exposição a casos de sarampo ou de viagens para áreas onde decorrem surtos, uma vez que o Inquérito Serológico Nacional 2001/2002 demonstra que este grupo etário tem uma elevada proporção de indivíduos protegidos.

No Agrupamento de Centros de Saúde Barcelos/Esposende a cobertura vacinal contra o sarampo é de 51,3% para os nascidos a partir de 1970,  o que revela uma cobertura muito baixa se tivermos em linha de conta que a proteção da população só está garantida se a cobertura vacinal for igual ou maior que 95%. Deste modo é aconselhável a vacinação a todos os utentes que desconhecem o seu estado vacinal ou história de doença do sarampo. Em qualquer dos casos deve dirigir-se ao seu Enfermeiro ou Médico de família para atualizar a informação do seu estado vacinal.

Colabore com esta iniciativa, vacine-se; Afinal não custa nada.

Nota: Elaborado por Adérito Gomes, Enfermeiro Chefe com especialidade em Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia do profissional da autoria de Dario Silva.  


Sem comentários:

Enviar um comentário