A vacinação organizada contra o sarampo em Portugal iniciou-se em 1973.
Trata-se de uma das infeções virais mais contagiosas, transmitindo-se pessoa a
pessoa, por via aérea, através de gotículas ou aerossóis.
Habitualmente a doença é benigna mas, em alguns casos, pode ser grave ou
mesmo fatal. As pessoas não vacinadas e que nunca tiveram sarampo têm uma
elevada probabilidade de contrair a doença se forem expostas ao vírus.
O sarampo é uma doença com possibilidade de eliminação dada a sua
transmissão exclusivamente inter-humana e a existência de uma vacina eficaz e
segura.
Assim, no âmbito do Programa Nacional de Eliminação do Sarampo, o
objetivo da vacinação é diminuir o número de indivíduos e de bolsas de população
suscetíveis, de modo a impedir a circulação do vírus.
O Programa Nacional de eliminação do Sarampo define
as estratégias a serem implementadas, consolida os objetivos e orienta a sua
operacionalização através de ações aos vários níveis de cuidados, pelo que os
utentes do Serviço Nacional de Saúde devem informar-se junto dos Enfermeiros e
Médicos de Família o que devem fazer para se vacinarem, ficando assim
protegidos contra o Sarampo.
As orientações da Direção Geral de Saúde recomendam a vacinação das
pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, nascidas a partir de 1970, sem
história credível de sarampo, e devem fazer, pelo menos, uma dose de vacina
contra o sarampo (VAS-vacina anti sarampo ou VASPR-vacina anti sarampo, papeira
e rubéola). Não é necessária a vacinação dos nascidos antes de 1970, exceto se
houver exposição a casos de sarampo ou de viagens para áreas onde decorrem
surtos, uma vez que o Inquérito Serológico Nacional 2001/2002 demonstra que
este grupo etário tem uma elevada proporção de indivíduos protegidos.
No Agrupamento de Centros de Saúde Barcelos/Esposende a cobertura
vacinal contra o sarampo é de 51,3% para os nascidos a partir de 1970, o
que revela uma cobertura muito baixa se tivermos em linha de conta que a
proteção da população só está garantida se a cobertura vacinal for igual ou
maior que 95%. Deste modo é aconselhável a vacinação a todos os utentes que
desconhecem o seu estado vacinal ou história de doença do sarampo. Em qualquer
dos casos deve dirigir-se ao seu Enfermeiro ou Médico de família para atualizar
a informação do seu estado vacinal.
Colabore com esta iniciativa, vacine-se; Afinal não custa nada.
Nota: Elaborado por
Adérito Gomes, Enfermeiro Chefe com especialidade em Saúde Comunitária da Unidade
de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Fotografia do profissional da autoria de
Dario Silva.
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