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sexta-feira, 15 de junho de 2012

O afogamento

Segundo o relatório 2002/2010 da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), o afogamento é responsável por meio milhão de mortos por ano, em todo o mundo, continuando a ser a 2ª causa de morte acidental nas crianças. Todos os anos na Europa morrem 5.000 crianças e jovens até aos 19 anos vítimas de afogamento (OMS, 2008).

No mesmo relatório em Portugal, entre 2002 e 2008, 144 crianças e jovens morreram na sequência de um afogamento. O problema dos afogamentos não se restringe apenas aos casos fatais, nos casos em que as crianças sobrevivem podem ficar com lesões neurológicas permanentes ficando com incapacidades para toda a vida, comprometendo muitas vezes a qualidade de vida da criança e da família. 

Agora que estão aí as férias vai ter tempo para se divertir com os seus filhos, passear, correr, saltar, nadar...mas fique atento, pois os acidentes não acontecem apenas aos outros. Tenha atenção redobrada, pois o afogamento é um acontecimento trágico, rápido e silencioso, mas pode ser evitado, por isso deixo alguns cuidados básicos a ter:
·         Não perca as crianças de vista, uma criança não esbraceja nem grita quando cai à água, afoga-se em absoluto silêncio;
·         Opte por praias e piscinas vigiadas e localize o nadador salvador;
·         Cumpra sempre a sinalização;
·         Use sempre coletes salva-vidas/braçadeiras adequadas à idade e peso e que obedeça às normas europeias de segurança;
·         Se viajar, quando chegar ao local de destino inspeccione o local, verificando o acesso a piscinas, lagos, tanques, rios, poços ou mar;
·         Retire da piscina todos os brinquedos flutuantes;
·         Ensine as crianças a nadar e a ter comportamentos seguros na água;
·         Vigie em permanência as crianças, principalmente quando estão a brincar perto de água ou a nadar.
A adoção de precauções, é da inteira responsabilidade dos adultos encarregues de tomar conta das crianças. Estes devem, por um lado, educá-los para que aprendam a evitar as situações perigosas e, por outro lado, vigiar o meio onde se movimentam, para adaptá-los da forma mais conveniente, eliminando riscos desnecessários. Como o velho ditado diz: Todo o cuidado é pouco…
Nota: Elaborado por Fátima Pereira, Enfermeira de Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva.

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