Desde 1975, que as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher, como um testemunho da luta do género feminino em busca da igualdade para com o género oposto.
Nas últimas décadas do século XX o homem passou, aos poucos, a colaborar nas tarefas caseiras.
Nos nossos dias, a lei da maioria dos países, consagra a igualdade de géneros, não existindo qualquer diferença entre um homem e uma mulher. Mas a prática demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade. Alguma mentalidade ancestral, ainda presente nos nossos dias, concebe que ao homem ficava mal assumir os trabalhos domésticos, implicando para a mulher que exerce(ia) uma profissão fora de casa, a duplicação do seu trabalho.
Nas últimas décadas do século XX o homem passou, aos poucos, a colaborar nas tarefas caseiras. Parece assistir-se no âmbito familiar a uma rápida mudança, mas na sociedade em geral a situação da mulher está ainda sujeita à mentalidade ancestral que, embora de forma não declarada, impedem a sua plena igualdade.
O número de mulheres em lugares diretivos e decisórios ainda é diminuto, apesar de muitas delas demonstrarem excelentes qualidades para o mesmo desempenho. Atualmente as mulheres estão integradas em todas as atividades profissionais, mesmo naquelas que, ainda há bem pouco tempo, eram apenas só para os homens, nomeadamente a participação em operações militares, mesmo nas de alto risco.
Nos últimos anos, a festa comemorativa do Dia Da Mulher é aproveitada por muitas delas, de todas as idades, para sair de casa e festejar com as amigas, o dia que lhes é dedicado, utilizando os mais variados locais de diversão, enquanto os homens ficam em casa a desempenhar as tarefas que, tradicionalmente eram das mulheres (fazer a comida, tratar dos filhos, arrumar a casa e outras lides caseiras).
Se as mulheres de sua casa, nomeadamente esposa, irmã, mãe ou até avó ainda é daquelas que, não obstante o trabalho laboral, ainda tem tempo para fazer todo o trabalho de casa, lembre-se que o mínimo que poderá fazer é aproveitar este dia para transmitir o seu apreço: um ramo de flores, será, certamente, bastante apreciado.
Vamos colaborar para que o Dia Internacional da Mulher não necessite de ser comemorado – afinal também não existe o dia internacional do homem – portanto não fiquemos por aqui. Esqueçamos as mentalidades preconcebidas, colaborando mais com elas nas tarefas diárias e tratemo-las de igual para igual, quer no lar, quer local de trabalho, quer na rua.
Quando assim procedermos, não haverá mais necessidade de um dia dedicado à mulher, porque todos os dias a mulher será igual ao homem nos direitos e deveres eternizando-se assim o dia da mulher, e nessa altura já podemos dizer, os homens, que também temos o nosso dia internacional. Que acham homens?
Nota: Elaborado por Adérito Gomes, Enfermeiro Chefe com especialidade em Saúde Comunitária da Unidade de Saúde Pública de Barcelos/Esposende. Fotografia de Dario Silva
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