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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Fungos nas habitações

Existentes à milhões de anos, os fungos, tradicionalmente designados por bolores, estão espalhados por toda a parte. O desenvolvimento destes microrganismos tornou-se uma preocupação mundial, pois crescem muito facilmente e podem causar uma variedade de danos à saúde. São um tipo de vida extremamente poderosa pois conseguem brotar em paredes, digerir óleos, crescer dentro de frigoríficos, mesmo com temperaturas abaixo de zero.
Os fungos são organismos microscópicos que tem a capacidade de se desenvolver quando encontram fatores ótimos para o seu desenvolvimento, como é o caso dos microambientes que garantem o fornecimento de oxigénio, temperaturas favoráveis para o seu crescimento, nutrientes adequados disponíveis nos substratos que se fixam e humidade. Quando se instalam crescem rapidamente, formando manchas com formas e cores muito variadas que ao serem tocados, libertam-se uma espécie de fumo, os esporos.

Estes seres vivos podem entrar em sua casa através das portas abertas, janelas, sistemas de aquecimento, ar condicionado, roupas, sapatos, bolsas e animais de estimação que entram em contacto com estes seres no exterior. Assim, não podendo controlar a entrada destes em nossas casas temos de nos limitar a tentar controlar o ambiente interior de modo a que os fungos não se consigam desenvolver. Este controlo passa por manter uma baixa humidade no interior de nossas casas, através do arejamento correto da casa, uma correta prevenção ao utilizar tintas com inibidores de crescimento de fungos, a utilização de sistemas de exaustão para os ambientes onde se formam constantemente vapores (cozinha, lavandarias, wc), proceder a uma lavagem frequente de tapetes e carpetes, arejar roupas guardadas à bastante tempo…
Caso a sua habitação tenha a presença destes microrganismos deve proceder a uma limpeza eficaz e de seguida à secagem da área afetada, afim de não permitir ou tentar evitar o desenvolvimento de fungos.

O contato com estes seres vivos pode causar inflamações na pele e micoses, inflamações nas unhas, irritações oculares e das vias respiratórias, podendo causar asma e bronquite crónica. Além disso, doentes com sistema imunitário debilitado, podem contrair infeções mortais provocadas por esporos de fungos e bactérias transportadas por estes. 

Uma prevenção adequada faz com que a exposição a estes agentes seja evitada e assim, o risco de contrair qualquer patologia a esta temática será reduzido. Assim, cabe a cada um de nós estar atento ao crescimento destes microrganismos e caso eles apareçam proceder á sua eliminação o mais rápida e eficazmente possível. 

Dicas importantes:
  • ficar atento a qualquer infiltração de água. A humidade é o maior criadouro de mofos/bolores.
  • casa bem arejada e limpa também é garantia contra o mofo, por isso, é preciso evitar o acumulo de objetos dentro de casa, assim como tapetes e cortinas. Eles dificultam a limpeza.
  • o vinagre pode ser usado na limpeza porque a acidez inibe a proliferação ou o hipoclorito de sódio, mas não há nenhum produto que realmente seja eficiente.
  • para roupas guardadas o principio básico é o seguinte:
    • roupa do dia-a-dia não previra ficar embalada em sacos plásticos, porque são lavadas pelo menos uma vez por mês.
    • roupas de festas ou usadas em determinadas épocas do ano devem ser guardadas em sacos plásticos e devem ser lavados sempre que ficarem mais de 3 meses sem uso. O mesmo vale para forros de cama.


Nota: Elaborado por Paula Miquelino, Estagiário do 3.º ano da Licenciatura em Saúde Ambiental a realizar Estágio Curricular Supervisionado em Saúde Ambiental na Unidade de Saúde Pública Barcelos/Esposende. Imagem do topo da notícia recolhida de http://www.engenhariacivil.com/bolores-interior-habitacoes

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