As pessoas passam cerca de 80% a 90% do seu tempo em
ambientes interiores (habitações, escolas, escritórios, unidades de prestação
de cuidados de saúde e outros estabelecimentos públicos e comerciais). A
qualidade do ar que se respira nos edifícios é um fator importante e
fundamental para a saúde e bem-estar (WHO guidelines for indoor air quality:
dampness and mould, 2009).
A qualidade do ar interior é, em parte, determinada pela
qualidade do ar exterior, devido às permanentes trocas que ocorrem, mesmo quando
portas e janelas se encontram fechadas. Um ar exterior de qualidade é,
portanto, essencial para que o ar interior esteja limpo, mas existem outras
fontes de poluição do ar interior. Alguns produtos como os materiais de
construção e os materiais usados em mobiliário e decoração têm vindo a sofrer
modificações nas últimas décadas, sendo alguns deles produzidos com recurso a
compostos químicos que emitem elevadas quantidades de compostos orgânicos
voláteis (COV).
Fontes importantes de poluição do ar interior incluem, para além do ar exterior, o organismo humano, a sobre-ocupação do local de trabalho, deficiências no sistema de ventilação, o fumo de tabaco, a emissão de fibras a partir de materiais de construção (amianto, lã de rocha, lã de vidro), o mobiliário de escritório, a utilização de plásticos e produtos sintéticos (tintas e vernizes), a presença de alcatifas, cortinados, fotocopiadoras, impressoras e computadores. Diversos compostos orgânicos voláteis, tais como o formaldeído, contribuem também para a contaminação do ar interior, podendo ser libertados durante a utilização e armazenamento de produtos de limpeza.
Fontes importantes de poluição do ar interior incluem, para além do ar exterior, o organismo humano, a sobre-ocupação do local de trabalho, deficiências no sistema de ventilação, o fumo de tabaco, a emissão de fibras a partir de materiais de construção (amianto, lã de rocha, lã de vidro), o mobiliário de escritório, a utilização de plásticos e produtos sintéticos (tintas e vernizes), a presença de alcatifas, cortinados, fotocopiadoras, impressoras e computadores. Diversos compostos orgânicos voláteis, tais como o formaldeído, contribuem também para a contaminação do ar interior, podendo ser libertados durante a utilização e armazenamento de produtos de limpeza.
Também, as pessoas e os animais de companhia poluem o ar ao
exalarem dióxido de carbono, emitindo odores corporais ou largando pelo. As
atividades que as pessoas levam a cabo dentro de edifícios como cozinhar,
utilização de produtos de limpeza, fumar ou queimar velas ou incenso contribuem
também para a degradação da qualidade do ar interior.
Os animais domésticos, quando vivem no interior das casas, influenciam a qualidade do ar interior e podem provocar algumas doenças como asma e alergias.
Uma fonte bastante importante para a poluição do ar interior é o fumo do tabaco no interior das habitações, que leva por vezes populações mais frágeis, tais como crianças e idosos a tornarem-se fumadores passivos.
Os animais domésticos, quando vivem no interior das casas, influenciam a qualidade do ar interior e podem provocar algumas doenças como asma e alergias.
Uma fonte bastante importante para a poluição do ar interior é o fumo do tabaco no interior das habitações, que leva por vezes populações mais frágeis, tais como crianças e idosos a tornarem-se fumadores passivos.
Cumulativamente, as condições de temperatura e humidade são
importantes para o bem-estar humano: a humidade excessiva pode causar
condensação nas superfícies frias, especialmente nas paredes, com a
possibilidade de produção de bolores e posteriores efeitos negativos nos
utilizadores dos espaços. Em relação à temperatura, para a mesma concentração
de poluentes, existem mais queixas ao nível da saúde à medida que a temperatura
aumenta.
Outro factor de risco relativo ao ar interior prende-se com
uma questão que, por natureza, escapa aos sentidos humanos, a radioactividade.
A crosta terrestre contém naturalmente pequenas quantidades de elementos
radioactivos. A sua actividade depende das características do solo, podendo ser
elevada em regiões graníticas. Nestas regiões, forma-se radão, um gás que,
apesar de não apresentar directamente uma ameaça por ser inerte, decai para
descendentes radioactivos no estado sólido que podem ser inalados e
depositar-se nos pulmões. Como gás emanado do solo, o radão pode facilmente
infiltrar-se nos edifícios através de fissuras, podendo acumular-se e atingir
níveis de actividade elevada em recintos mal ventilados.
A falta de controlo da radioactividade na origem das
matérias-primas dá também azo a que sejam utilizados materiais de construção
ricos em isótopos radioactivos. Se isto não apresenta um problema grave para
construções de baixo factor de ocupação, pode revelar-se um factor de risco
importante nas habitações, pois vai aumentar a exposição dos ocupantes a
radiações ionizantes.
Os mais atentos já terão percebido por esta altura que a ventilação e renovação de ar de um local é um dos factores mais importantes para melhorar a qualidade do ar interior do mesmo. No entanto, graças à evolução das tecnologias, este procedimento tem vindo a ser descurado. Algumas
habitações possuem divisões interiores (sem janelas), cujo arejamento é
dificultado. Actualmente, para melhor aproveitamento da energia despendida em
aquecimento/arrefecimento, procura-se que as janelas sejam mantidas devidamente
fechadas e calafetadas. Esta medida, por um lado eficaz em termos de poupança
de energia, prejudica muito a qualidade do ar interior que assim não é
renovado, originando diversos problemas relacionados com condensações.
A ventilação é considerada inadequada quando ocorre uma
insuficiente entrada e distribuição de ar do exterior para o interior. No caso
de não haver renovação do ar dentro do edifício, irão ocorrer situações de
estagnação e contaminação do ar. A falta de manutenção dos filtros e limpeza
dos sistemas de ventilação (climatização) poderá favorecer a acumulação de
poeiras, que irão provocar a contaminação do ar interior.
A bactéria do género Legionella encontra-se normalmente em
lagos, rios ou albufeiras. A partir destes reservatórios poderá colonizar os
sistemas artificiais de água, tais como redes prediais e sistemas de
climatização que usem água para arrefecimento do ar, principalmente aqueles aos
quais estejam associadas torres de arrefecimento. Do ponto de vista da
qualidade do ar interior, a problemática da legionella só fará sentido se o ar
transportar aerossóis (microgotículas contaminadas com a bactéria). Esta
situação só se poderá verificar no caso de existirem torres de arrefecimento
posicionadas junto às entradas de ar do sistema de climatização e desde que
exista libertação de aerossóis contaminados que entram no sistema, o que é
pouco provável.
Para minimizar e quando possível eliminar os problemas associados à má qualidade do ar interior, é necessária a integração de um conjunto de acções/procedimentos que actuem sobre os factores de risco, ou seja, que permitam identificar, reduzir ou remover as fontes de degradação da qualidade do ar interior. Estas acções/procedimentos devem ter um carácter preventivo, sempre que possível. Alguns exemplos deste tipo de acções são:
1. Identificar e controlar as fontes poluentes – Por exemplo, proibir de fumar ou limitar esta actividade, mudar a localização de equipamentos, substituir materiais, seleccionar produtos menos poluentes, modificar atitudes dos ocupantes, reestruturar determinados espaços (por exemplo após ter limpo e desinfectado um espaço que se encontrava contaminado por fungos, controlar a humidade deste espaço, de modo a criar condições desfavoráveis ao seu desenvolvimento);
2. Eliminar, sempre que possível, as fontes de contaminação – Por exemplo o excesso de papel, carpetes, etc.
3. Implementar um Plano de Acção de Qualidade do Ar Interior(QAI):
- Nomear um gestor responsável pela QAI;
- Desenvolver um perfil de QAI para o edifício;
- Realizar um diagnóstico da QAI do edifício;
- Formar os ocupantes do edifício acerca da QAI;
- Desenvolver e implementar um plano de operações e manutenção para o edifício;
- Gerir processos com fontes potenciais significativas (exp. remodelação e renovação, pintura, controlo de pragas, etc);
- Comunicar com os ocupantes acerca da actuação para manter uma boa QAI;
- Estabelecer procedimentos para resposta a queixas da QAI
4. Controlar a exposição dos ocupantes – Programar determinadas actividades para que sejam realizadas em períodos de ausência dos ocupantes;
5. Efectuar a manutenção dos sistemas de climatização – As condutas devem ser limpas periodicamente. A frequência destas acções deve estar previamente definida, assim como os responsáveis pela sua realização;
6. Melhorar as condições de ventilação – A ventilação deve ser suficiente, ou seja, deve permitir a diluição de poluentes (por exemplo através do aumento da quantidade total de ar fornecido ou do melhoramento da distribuição de ar que deve ser contínua e não deve provocar correntes de ar incómodas) e deve permitir isolar ou remover contaminantes (por exemplo através da instalação de um sistema de exaustão localizado junto da fonte de poluição, de evitar a recirculação de ar contaminado, de manter as portas fechadas nos casos em que for necessário separar determinadas zonas, etc);
7. Melhorar a filtração do ar - Os filtros devem ser eficazes para filtrar as partículas que afectam a saúde e devem ser alvo de manutenção adequada.
8. Melhorar os procedimentos de limpeza – Seleccionar métodos e materiais de limpeza com menores efeitos na saúde e planear estas acções, etc.
9. Refere-se ainda a importância de cumprir a legislação em vigor, logo na fase de projecto, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20/08, onde já estão referidos os requisitos necessários para a manutenção da qualidade do ar interior.
Nota: Elaborado por Paulo Martins, Técnico de Saúde Ambiental, tendo como fontes informações obtidas de: Direcção-Geral da Saúde; Organização Mundial da Saúde; Agência Portuguesa do Ambiente; e Revista Edifícios e Energia.
Para minimizar e quando possível eliminar os problemas associados à má qualidade do ar interior, é necessária a integração de um conjunto de acções/procedimentos que actuem sobre os factores de risco, ou seja, que permitam identificar, reduzir ou remover as fontes de degradação da qualidade do ar interior. Estas acções/procedimentos devem ter um carácter preventivo, sempre que possível. Alguns exemplos deste tipo de acções são:
1. Identificar e controlar as fontes poluentes – Por exemplo, proibir de fumar ou limitar esta actividade, mudar a localização de equipamentos, substituir materiais, seleccionar produtos menos poluentes, modificar atitudes dos ocupantes, reestruturar determinados espaços (por exemplo após ter limpo e desinfectado um espaço que se encontrava contaminado por fungos, controlar a humidade deste espaço, de modo a criar condições desfavoráveis ao seu desenvolvimento);
2. Eliminar, sempre que possível, as fontes de contaminação – Por exemplo o excesso de papel, carpetes, etc.
3. Implementar um Plano de Acção de Qualidade do Ar Interior(QAI):
- Nomear um gestor responsável pela QAI;
- Desenvolver um perfil de QAI para o edifício;
- Realizar um diagnóstico da QAI do edifício;
- Formar os ocupantes do edifício acerca da QAI;
- Desenvolver e implementar um plano de operações e manutenção para o edifício;
- Gerir processos com fontes potenciais significativas (exp. remodelação e renovação, pintura, controlo de pragas, etc);
- Comunicar com os ocupantes acerca da actuação para manter uma boa QAI;
- Estabelecer procedimentos para resposta a queixas da QAI
4. Controlar a exposição dos ocupantes – Programar determinadas actividades para que sejam realizadas em períodos de ausência dos ocupantes;
5. Efectuar a manutenção dos sistemas de climatização – As condutas devem ser limpas periodicamente. A frequência destas acções deve estar previamente definida, assim como os responsáveis pela sua realização;
6. Melhorar as condições de ventilação – A ventilação deve ser suficiente, ou seja, deve permitir a diluição de poluentes (por exemplo através do aumento da quantidade total de ar fornecido ou do melhoramento da distribuição de ar que deve ser contínua e não deve provocar correntes de ar incómodas) e deve permitir isolar ou remover contaminantes (por exemplo através da instalação de um sistema de exaustão localizado junto da fonte de poluição, de evitar a recirculação de ar contaminado, de manter as portas fechadas nos casos em que for necessário separar determinadas zonas, etc);
7. Melhorar a filtração do ar - Os filtros devem ser eficazes para filtrar as partículas que afectam a saúde e devem ser alvo de manutenção adequada.
8. Melhorar os procedimentos de limpeza – Seleccionar métodos e materiais de limpeza com menores efeitos na saúde e planear estas acções, etc.
9. Refere-se ainda a importância de cumprir a legislação em vigor, logo na fase de projecto, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20/08, onde já estão referidos os requisitos necessários para a manutenção da qualidade do ar interior.
Nota: Elaborado por Paulo Martins, Técnico de Saúde Ambiental, tendo como fontes informações obtidas de: Direcção-Geral da Saúde; Organização Mundial da Saúde; Agência Portuguesa do Ambiente; e Revista Edifícios e Energia.
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